Depois de um resgate de refugiados e
imigrantes no Mediterrâneo pela Marinha da Alemanha, uma mulher católica da
Nigéria deu à luz a bordo de um navio de resgate e conseguiu que o seu filho
recém-nascido fosse batizado por um sacerdote católico.
O fato ocorreu no início de julho, durante o
primeiro dia de navegação de um navio alemão que fazia parte da “Operação
Sofia”. Durante a missão, avistaram quatro botes precários cheios de pessoas
que escapavam da costa da Líbia devido à perseguição no seu país de origem.
Segundo relatórios da Capelania Militar
alemã, a mulher com a gravidez já avançada, chamada Vivian, fazia parte desse
grupo de 655 pessoas resgatadas que tinham objetivo de chegar à Europa com a
esperança de uma vida melhor.
Após
o resgate e depois do parto, a mãe da criança pediu encarecidamente ao capelão
da embarcação, Pe. Jochen Folz, que batizasse seu filho.
Pe. Folz aceitou e começou a trabalhar com a
ajuda dos oficiais e tripulação do barco: primeiro, o operador de rádio acessou
a internet para que o sacerdote pudesse conseguir os textos do rito do batismo.
Depois, o sacerdote pegou um recipiente da
cozinha para pôr a água, colocou uma estola sobre a criança e finalmente a
batizou.
Foi autorizado a uma mulher chamada Martina
O., que também foi resgatada, que acompanhasse o batismo para ser a madrinha do
bebê.
Embora fosse noite, o lugar onde ocorreu o
parto estava completamente iluminada por luzes de néon e cheio de soldados que
queriam estar presentes nesse momento especial.
Pe. Folz saudou os assistentes e ofereceu uma
breve introdução ao batismo, um fato diferente para um navio da marinha. Em
seguida, o ritual começou como de costume Pe. Folz perguntou Vivian: “Que nome
dará ao seu filho?”, ao que ela respondeu: “Ikpomosa”.
Quando o padre perguntou: “O que pede à Igreja para
Ikpomosa?”. Vivian sorriu e disse com orgulho: “O batismo, fé e vida eterna”.
O sacerdote, então, fez o sinal da cruz na
testa do recém-nascido, convidando sua mãe e madrinha a fazer o mesmo.
Como presente de batismo deram à criança uma
medalha de São Miguel Arcanjo e, à mãe e à madrinha, uma medalha da Virgem
Maria.
Esta não foi a primeira vez que o capelão
batizou pessoas em circunstâncias semelhantes, no entanto, foi a primeira vez
que ministrou o sacramento a um refugiado.
A
operação de resgate foi a primeira experiência do sacerdote na marinha, após
ter servido em várias operações em terra.
Quando servia no Afeganistão, batizou dois
soldados alemães e um soldado norte-americano, e administrou o Crisma várias
vezes.
À luz de um futuro incerto, Pe. Folz disse
para Vivian e Martina que “a Igreja nos oferece uma casa em qualquer lugar do
mundo e Ikpomosa está agora sob a proteção especial do céu”.
Fonte:
http://www.acidigital.com/noticias/assim-foi-o-batizado-de-um-recem-nascido-refugiado-durante-resgate-em-alto-mar-96712/
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