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No
último sábado, 2 de junho, foi organizado, no moderno estádio de futebol San
Siro, sede de duas importantes equipes da Itália, Milan e Inter de Milão, um
grande encontro com aproximadamente 80 mil crismandos. O papa Bento XVI os
convidou à perseverança.
No
mesmo dia, à noite, aproximadamente 400 mil pessoas se dirigiram pelas ruas de
Milão, a pé ou em alguns meios de transporte, para o aeroporto de Bresso, onde
houve a Festa dos Testemunhos. Um palco montado para a ocasião, equipado com a
tecnologia de TVs locais, animado com a presença de músicos e artistas, foi o
local onde Bento XVI se encontrou com alguns casais, de várias partes do mundo,
inclusive do Brasil.
No
domingo, 3, como era anunciado pelos jornais e pelas autoridades publicas, um
milhão de pessoas participou da missa com o papa. A missa de encerramento do 7º
Encontro Mundial das Famílias começou as 10h e terminou ao 12h. Como sempre,
durante estes grandes eventos com a presença do Sumo Pontífice, havia muita
alegria e emoção. O papa, ao atravessar quase todo o aeroporto para chegar no
palco principal, onde estava o altar, parou varias vezes para abraçar e
abençoar algumas crianças. Já no caminho para o aeroporto, muitas famílias
jovens realizavam o trajeto como uma pequena peregrinação.
Os
diversos países representados se destacavam ora pela participação direta de um
de seus representantes durante a celebração, ora pela agitação das bandeiras, e
finalmente, pelas reações à mensagem do papa em varias línguas.
Próximo Encontro
Ao
final da missa, o papa Bento XVI anunciou a próxima cidade sede do Encontro
Mundial das Famílias, em 2015, e a escolhida foi Filadélfia, nos Estados
Unidos. Será a vez de se promover o evento no Continente Americano.
Mensagens
Com
o pensamento voltado ao futuro, dom João Carlos Petrini, presidente da Comissão
Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, que participou ativamente
do encontro em Milão, lançou uma mensagem de encorajamento. “Bom, eu quero
dizer que vivemos numa etapa difícil da vida, mas ao mesmo tempo, fascinante.
Há aspectos de dificuldade porque a realidade é complicada, é agressiva, mas é
fascinante porque circunstâncias externas nos provocam, então a pessoas tem que
estar viva para não ficar perdida, para não ser ‘Maria vai com as outras’. E
este é um aspecto que considero interessante. Na época dos meus avós, dos meus
pais, era óbvio que um homem se realizasse constituindo sua família, que uma
mulher se realizasse constituindo a sua, gerando filhos e dedicando-se para
educá-los. Hoje isto não é mais óbvio. E necessário utilizar a cabeça para
pensar: que oportunidades de vida existem, quais são mais convenientes, como eu
quero ser feliz, de maneira quero realizar a minha humanidade. Acredito que não
há caminho melhor do que chegar a conclusão que o melhor modo de realizar a
própria humanidade e ser feliz com dignidade é fazer dom da própria vida para o
bem de outros, ou na vida de família, ou como Madre Teresa de Calcutá, mas esta
ideia de que um individualismo nos oferece mais oportunidades, antes o meu
interesse e depois o resto, é na realidade um caminho tão miserável que acaba
desaguando em situações desumanas, que não valem a pena. O que desejo para o
mundo é que reencontre o caminho de Jesus e do Evangelho para viver com
grandeza de coração o grande ideal que permite viver com dignidade e beleza. Na
base de tudo está o amor, e não tem outro jeito. Não adianta inventar a roda
porque ela já foi inventada”, disse dom Petrini.
Neste
momento em que a família está no centro da atenção da Igreja, um pensamento
deve ser também dirigido às pessoas sós, que perderam suas famílias, que foram
divididas das suas por causa de guerras ou em fuga de situações de conflito. Há
também a solidão de quem, por tantas razões, não constituiu uma família. A
eles, o cardeal arcebispo de São Paulo (SP), dom Odilo Pedro Scherer, envia a
sua mensagem: “Naturalmente existe cada vez mais este fenômeno de pessoas sós,
apesar de tão grande ser a multidão e de tantos modos de comunicar. É um
fenômeno que merece ser estudado profundamente para ver como se pode superar as
causas da solidão. Eu diria às pessoas sós que não se fechem em sua solidão.
Existe sempre um modo de continuar em comunhão, em comunidade, e não se
sentindo sós, porque a comunidade humana, no conjunto, é também uma grande
família, e nela existem muitas agregações, modos de sentir-se em família. Para nós, a
Igreja é a grande família, formada de grandes famílias, grupos, onde as pessoas
não precisam necessariamente sentir-se sós. a solidão, portanto, pode ser
superada através de uma maior participação nas atividades comunitárias, vivendo
a vida numa dimensão solidária, ao invés de viver a vida dentro de uma dimensão
de solidão”.
Fonte:
CNBB
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