Na última semana da 14ª Assembleia Ordinária
do Sínodo dos Bispos sobre a Família, o papa Francisco iniciou as atividades
com missa na Casa Santa Marta, hoje, 19. Na reflexão, falou diretamente
às famílias para que não busquem apego aos bens materiais.
“Pensemos nas muitas famílias que conhecemos
que brigaram, não se saúdam, se odeiam por causa de herança. Este é um dos
casos. O mais importante não é o amor pela família, o amor pelos filhos, pelos
irmãos, pelos pais, não, mas o dinheiro. Isso destrói”, pontuou o papa.
Francisco lembrou que “Jesus não condena a
riqueza, mas o apego à riqueza que divide as famílias e provoca as guerras”.
Trabalhos no Sínodo
Em entrevista à Rádio Vaticano, o arcebispo
de São Paulo (SP), cardeal Odilo Scherer, apresentou questões abordadas durante
as Congregações Gerais e os Círculos Menores, nas semanas anteriores. O bispo
explica que a missão do Sínodo é envolver a Igreja inteira na busca das
respostas aos questionamentos feitos sobre o casamento e a família na Igreja e
na sociedade contemporânea.
Sobre as diferenças de opiniões entre os
padres sinodais no que diz respeito à comunhão aos recasados, dom Odilo comenta
que é resultado dos diferentes ambientes eclesiais, culturais, sociais e
religiosos dos participantes da Assembleia.
A diferença no modo de pensar não é
necessariamente um problema, mas pode ser uma riqueza; ela ajuda a perceber
melhor os vários aspectos da questão. E o Sínodo não deve necessariamente
‘contornar’ as diferentes visões, mas fazer o discernimento sobre a verdade e a
vontade de Deus, que se busca através da reflexão de todos os participantes. De
todo modo, o Sínodo é consultivo e não decisório”, comenta o cardeal.
Orientações pastorais
Nos últimos dias de trabalhos do Sínodo, o
cardeal Odilo expressa a expectativa de uma renovada valorização do
casamento e da família; interesse da pastoral da Igreja em relação à família,
especialmente em relação aos jovens e para as situações de dor e sofrimento
vividas por numerosas famílias. “Penso também que a família deverá ser mais
valorizada como um sujeito social, econômico e político na sociedade. Penso que
haverá uma valorização especial dos elementos bons já existentes nas famílias
incompletas e irregulares”.
Ao final da Assembleia e com a decisão do
papa Francisco, poderá ser publicado um “documento sinodal”. O texto final
apresentará o resultado dos trabalhos, não sendo um documento definitivo.
CNBB
com informações da Rádio Vaticano.
Fonte:
http://www.cnbb.org.br/imprensa/internacional/417-sinodo-dos-bispos-sobre-a-familia/17488-sinodo-dos-bispos-sobre-a-familia-inicia-ultima-semana-de-trabalhos.html
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