segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

A IMPORTÂNCIA DO ACOLHIMENTO


A PRÁTICA DO ACOLHIMENTO E O PERFIL DO ACOLHEDOR

O Papa, na Encíclica do Novo Milênio, elenca algumas dificuldades para a evangelização, hoje em dia:
- A indiferença religiosa
- Os extravios éticos e morais
- A perda do sentido de transcendência
- As graves injustiças sociais

Superar a “preguiça pastoral” que nos deixa inertes, resmungões e omissos é uma necessidade urgente. Não podemos mudar o mundo, mas o que pudermos fazer para melhorar a qualidade de vida de algumas famílias da nossa comunidade, devemos fazer e fazer bem feito! Ir ao encontro do outro é valoriza-lo, é imitar o gesto de Jesus que sempre acolheu a todos.

O acolhedor deve ser uma pessoa sensível às necessidades dos irmãos, alguém que consegue ver “além das aparências”. É um chamado feito a cada um de nós que percebemos que nossa Igreja pode ser melhor, que queremos fazer a nossa parte para que o Senhor aumente mais “o número dos que estão a caminho da salvação!”

Eis algumas características básicas para sermos bons acolhedores, a exemplo de Jesus:
- Testemunho cristão
- Vocação para esta missão
- Disposição e disponibilidade
- Ser aberto ao diálogo
- Ter boa educação e bom relacionamento
- Demonstrar zelo e amor pela Igreja
- Saber ouvir e guardar segredos
- Preocupar-se com o outro
- Trabalhar bem em equipe
- Ter alegria e entusiasmo ao servir
- Ter iniciativa
- Não fazer distinções

Consequentemente, devem ser evitadas no acolhimento: pessoas tímidas, “complicadas”, fofoqueiras, depressivas, “criadoras de caso”, sem firmeza na fé... O acolhedor é o primeiro EVANGELIZADOR! Acolher é procurar, a cada momento, agir como Jesus agia, fazendo-se servo do seu Corpo, a Igreja. Não se resume a ficar distribuindo os folhetos da Missa, mas receber cada irmão e irmã como o próprio Cristo. Eis algumas PRÁTICAS DO ACOLHIMENTO:

- Trajar-se adequadamente
- Convidar, ir ao encontro
- Acolhida fraterna na chegada
- Lugares adequados
- Instalações
- Material
- Simpatia cativante
- Estar atento aos novos
- Estar atento aos que se mudam
- Atendimento na secretaria paroquial
- Acolhimento a quem vem se inscrever para Batismo, pedir Missas e confissão...

Comportamentos a se evitar: gargalhadas, gírias, chiclete, cigarro, óculos escuros, falsa intimidade, dizer só o estritamente necessário... Ser acolhedor é ser um cristão evangelizador e não um profissional!

“A cidade não rejeita, não combate a Igreja, mas faz o que acha bom, sem lhe pedir permissão. A religião é mais acolhida do que herdada. O espaço que a Igreja deve ocupar na vida das pessoas depende da qualidade do acolhimento e do testemunho, e não mais do peso e do prestígio da instituição...” (Doc. CNBB 75)

Não é uma atitude simples, como alguns podem pensar. Acolher exige formação e coragem. É uma questão de espiritualidade cristã. É um trabalho interminável. É um trabalho missionário. É uma questão de mudança de mentalidade. É a porta de entrada da NOVA EVANGELIZAÇÃO.
Acolhimento não é absolutamente restrito à pastoral ou equipe que leva este nome. Ser acolhedor deve ser uma espiritualidade que permeia todos os movimentos, pastorais, grupos e associações eclesiais. Uma atitude de todo o cristão, dentro e fora da Igreja.