sexta-feira, 25 de maio de 2018

Anna ia abortar. Mas desistiu depois que recebeu um telefonema do Papa

Ela estava grávida de um homem que tinha outra família. Por isso, ia abortar. Mas um telefonema do Papa mudou tudo...

Ela não ia continuar com a gravidez. O homem que a engravidou não ia reconhecer a criança. Diante disso, a única solução era o aborto.
Mas veio um telefonema inesperado. Do outro lado da linha, o Papa Francisco, que, como um bom pai, fez a mulher pensar melhor e explicou a ela o motivo pelo qual valeria a pena levar a gestação adiante.
Ela aceitou o conselho de Francisco e decidiu não abortar. Uma história com final feliz, cujos detalhes estão abaixo.

O pedido do homem
Anna é uma italiana divorciada. Ao site Credere, ela disse que, depois de ter perdido o emprego, mudou-se de Roma para a Toscana. Lá, descobriu que estava grávida de um homem que já tem uma família. Ele não queria reconhecer a criança. O homem, então, a pressionou e a moça cedeu ao pedido dele: abortar!
Mas, antes de cometer o crime contra a vida, ela decidiu escrever uma carta para uma pessoa especial. Anna colocou sua história no papel. No envelope, o destinatário: “Santo Padre Papa Francisco, Cidade do Vaticano, Roma”.
Poucos dias depois, o telefone de Anna toca.

“Eu li a sua carta”
No telefone, apareceu um número desconhecido, com prefixo de Roma. Ela atendeu. Do outro lado, uma voz dizia: “Olá, Anna. Sou o Papa Francisco. Eu li a sua carta. Nós, cristãos, não devemos perder a esperança. Uma criança é um dom de Deus, um sinal da Providência”.
Anna revelou: “as palavras dele encheram o meu coração de alegria. Ele me disse que eu deveria ser corajosa e forte por meu filho”.
Nos longos minutos ao telefone com o Papa, Anna disse a ele que sua vontade não era matar a vida que levava no ventre. Ela esclareceu também que não queria interromper a gravidez e que tinha a intenção de batizar a criança. Porém, temia que isso não fosse possível, pois ela é divorciada.

“Estou aqui sempre que precisar”
O Papa respondeu com a simplicidade de um autêntico pastor: “estou convencido que não terás problemas em encontrar um padre [para fazer o Batismo]. Caso contrário, saiba que estou sempre aqui”.
E assim terminou o telefonema que mudou para sempre a vida de Anna.

Fonte: https://pt.aleteia.org/2018/05/23/o-telefonema-do-papa-francisco-que-mudou-para-sempre-a-vida-de-uma-mulher/?utm_campaign=NL_pt&utm_source=daily_newsletter&utm_medium=mail&utm_content=NL_pt

O matrimônio é a beleza cristã, disse Papa Francisco

"Que todos nós possamos entender e contemplar que no matrimônio há a imagem e a semelhança de Deus”, disse o Papa Francisco na homilia da missa celebrada na Casa Santa Marta.

A beleza do matrimônio foi o tema homilia do Papa Francisco na missa celebrada na manhã de sexta-feira na capela da Casa Santa Marta. Entre os fiéis, havia sete casais que celebravam 50 e 25 anos de casamento.
O trecho do Evangelho segundo São Marcos fala da intenção dos fariseus de colocar Jesus à prova fazendo-lhe uma pergunta que o Papa define “casística”, isto é, quando se reduz a fé a “um sim ou um não”. E explica:
Não o grande "sim" ou o grande "não" dos quais ouvimos falar, que é Deus. Não: se pode ou não se pode. E a vida cristã, a vida segundo Deus, segundo essas pessoas, está sempre no ‘se pode’ e ‘não se pode’.
A pergunta diz respeito ao matrimônio, querem saber se é lícito ou não que um marido repudie a própria mulher. Mas, afirma Francisco, Jesus vai além, eleva o nível e “chega até a Criação e fala do matrimônio que é talvez a coisa mais bela” que o Senhor criou naqueles sete dias.

A desgraça da separação
‘Desde o início da criação [Deus] os fez homem e mulher; o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher e os dois se tornarão uma só carne’. “É forte o que diz o Senhor”, comenta o Papa, fala de “uma carne” que não se pode dividir. Jesus “deixa o problema da divisão e vai à beleza do casal que deve caminhar como um só”. Francisco destaca que o homem e a mulher devem abandonar aquilo que eram antes “para começar uma nova estrada, um novo caminho”. E depois toda a vida realizam este caminho de “ir avante juntos: não dois, um”. O Papa então recomenda: “Não devemos nos deter, como esses doutores, num ‘se pode’ ou ‘não se pode’ dividir um matrimônio. Às vezes, acontece a desgraça de não funcionar e é melhor se separar para evitar uma guerra mundial, mas isso é uma desgraça. Devemos ver o positivo”.
Francisco citou um casal que festejava 60 anos de casamento e, diante da pergunta se eram felizes, os dois se olharam nos olhos, que ficaram repletos de lágrimas pela comoção, e responderam: "Somos apaixonados!”.
É verdade que existem dificuldades, que existem problemas dos filhos ou do próprio matrimônio, do próprio casal, discussões, brigas... mas o importante é que a carne permaneça uma e superam, superam, superam isso. E este não é somente um sacramento para eles, mas também para a Igreja, como se fosse um sacramento que chama a atenção, que atrai a atenção: “Mas olhem que o amor é possível!”. E o amor é capaz de fazer viver apaixonados toda uma vida: na alegria e na dor, com o problema dos filhos e os próprios problemas... mas ir sempre avante. Na saúde e na doença, mas ir sempre avante. Esta é a beleza.

O matrimônio feliz não é notícia
O homem e a mulher foram criados à imagem e semelhança de Deus e o próprio matrimônio se torna assim Sua imagem. E é por isso, afirma o Papa, que é tão bonito: “O matrimônio é uma pregação silenciosa a todos os outros, uma pregação de todos os dias”.
É doloroso quando isso não faz notícia: os jornais, os telejornais não veem isso como notícia. Aquele casal tantos anos juntos.. não é notícia. Sim, a notícia é o escândalo, o divórcio ou que se separam – às vezes se devem separar, como disse, para evitar um mal maior... Mas a imagem de Deus não é notícia. E esta é a beleza do matrimônio. São a imagem e a semelhança de Deus. E esta é a nossa notícia, a notícia cristã.
Francisco repete que a vida matrimonial e familiar não é fácil, e cita a Primeira Leitura extraída da carta de São Tiago Apóstolo, que fala da paciência. Diz que talvez seja a virtude mais importante no casal – seja do homem, seja da mulher – e conclui com uma oração ao Senhor “para que dê à Igreja e à sociedade uma consciência mais profunda, mais bela do matrimônio, que todos nós possamos entender e contemplar que no matrimônio há a imagem e a semelhança de Deus”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/papa-francisco/missa-santa-marta/2018-05/papa-francisco-missa-santa-marta-matrimonio-beleza.html

quarta-feira, 16 de maio de 2018

"A educação cristã é um direito das crianças", diz Papa

Quando se trata de crianças, cabe aos pais e aos padrinhos alimentar a chama da graça batismal. “A educação cristã é um direito das crianças”, repetiu duas vezes Francisco, citando o Rito do Batismo das Crianças.

O Papa Francisco encerrou o ciclo de catequeses sobre o Batismo na Audiência Geral desta quarta-feira (16/05) falando sobre o tema “revestidos de Cristo”.
Os efeitos espirituais deste sacramento, explicou o Pontífice na Praça S. Pedro, são explicitados pela entrega da vesta branca e da vela acesa. São sinais visíveis que manifestam a dignidade dos batizados e sua vocação cristã.

Revestir-se de caridade
A veste branca anuncia a condição dos transfigurados na glória divina. Esta é símbolo da graça, que faz da pessoa batizada uma nova criatura, revestida de Cristo. Revestir-se de Cristo, como recorda São Paulo, é revestir-se de sentimentos de ternura, de bondade, de humildade, de mansidão, de magnanimidade, de perdão e, sobretudo, de caridade.

Inflamar o coração
Também há o simbolismo da chama da vela, que recorda a luz de Cristo que venceu as trevas do mal. A chama do círio pascal inflama o coração dos batizados, enchendo-os de luz e calor. Desde a antiguidade, o sacramento do Batismo é dito também “iluminação” e os neófitos são chamados “iluminados”.

A educação cristã é um direito das crianças
De fato, esta é a vocação cristã: caminhar sempre como filhos ou filhas da luz, perseverando na fé. Quando se trata de crianças, cabe aos pais e aos padrinhos alimentar a chama da graça batismal. “A educação cristã é um direito das crianças”, repetiu duas vezes Francisco, citando o Rito do Batismo das Crianças.
“A presença viva de Cristo, a ser protegida, defendida e dilatada em nós, é lâmpada que ilumina os nossos passos, luz que orienta as nossas escolhas, chama que aquece os corações a ir ao encontro do Senhor, tornando-nos capazes de ajudar quem caminha conosco, até a comunhão inseparável com Ele.”

Gaudete et Exsultate
Ao final das catequeses sobre o Batismo, o Papa repetiu a cada fiel o convite que fez na Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate:
“Deixe que a graça do seu Batismo frutifique num caminho de santidade. Deixe que tudo esteja aberto a Deus e, para isso, opte por Ele, escolha Deus sem cessar. Não desanime, porque tem a força do Espírito Santo para tornar possível a santidade e, no fundo, esta é o fruto do Espírito Santo na sua vida”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2018-05/papa-francisco-audiencia-geral-batismo1.html

terça-feira, 15 de maio de 2018

Celam: nasce a Rede Pan-americana para o Direito à Vida

A notícia foi divulgada pelo Departamento Vida, Família e Juventude do organismo eclesial latino-americano numa declaração publicada no último dia 10.

O Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM) cria a Rede Pan-americana para o Direito à Vida.
A notícia foi divulgada pelo Departamento Vida, Família e Juventude do organismo eclesial latino-americano numa declaração publicada no último dia 10.
O breve documento é inspirado na recente Carta da Congregação para a Doutrina da Fé “Placuit Deo”, que denuncia uma cultura contemporânea baseada no individualismo neo-pelagiano e no neo-gnosticismo que despreza o corpo, a natureza e a história.
“Notamos com crescente preocupação em nosso continente a afirmação de uma agenda de minorias ideológicas, com apoio de centros de poder econômico e político, cujo conjunto fratura a pessoa humana, sobretudo as mais jovens, afetando todas as suas dimensões relacionais, ferindo culturas e suas tradições religiosas, políticas e jurídicas.”
Vemos “profundas mudanças no estado de direito, nas políticas públicas, na segurança jurídica, na normalização de condutas e normas legais contrárias à vida, à família, à liberdade e à objeção de consciência”.
“Reconhecendo que somos testemunhas deste momento histórico, a Igreja latino-americana e caribenha, em sua responsabilidade pastoral pelo bem fundamental da vida, não pode permanecer alheia e insensível a essa dura realidade”, como disse o Papa Francisco na homilia proferida, em Bogotá, em 8 de setembro do ano passado.
A nova Rede Pan-americana para o Direito à Vida tem como objetivo despertar o interesse por essas questões, em relação às quais muitos católicos são “silenciosos ou silenciados”, com a tarefa urgente de uma “mudança cultural” a ser alcançada através de “um guia responsável, dialogal e ativo, capaz de articular os próprios pensamentos”.
Portanto, prossegue a declaração, “consolidando vínculos institucionais, eclesiais, ecumênicos e sociais” foi criada a nova rede que “acolherá toda realidade nacional que protege a vida” e tralhará “segundo uma agenda comum, concordando estratégias, linhas de reflexão, ação e gestão de emergências”.
“A rede é um lugar de encontro reflexivo e operacional em torno do direito à vida, desde o momento da concepção até seu fim natural.”
Dentre as atividades, pensa-se em momentos de formação específicos para sacerdotes e leigos, sinais concretos de acolhimento e acompanhamento de mulheres grávidas, em dificuldade, ou que fizeram aborto, assim como às famílias, menores e idosos. Evidencia-se também a importância dos meios de comunicação. Tudo isso, com o objetivo de “colocar na rede, articular e reforçar grupos e experiências na Igreja e fora dela”.

Para mais informações consulte o site do Celam.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2018-05/celam-rede-panamericana-direito-vida.html

terça-feira, 8 de maio de 2018

Quem está matando a família é a própria família

Se estamos indignados com o ponto a que chegou a sociedade, em grande parte somos todos culpados pelos nossos exemplos e palavras
“Eu não aguento mais seu pai”
“Sua mãe é uma louca”
“Maldita a hora que eu me casei”
“Já não chega o meu trabalho ainda tenho que te aturar”

Essas e outras frases do tipo são extremamente comuns em – chute meu – 98% das famílias brasileiras. Em algum (ou muitos) momentos de nossas vidas, escutamos de nossos pais frases do tipo, vivenciamos brigas, situações desagradáveis, separações, sem mencionar as muitas famílias que cotidianamente passam por violência física e sexual explícita. Diante desse cenário, ver jovens e adultos sem o mínimo interesse por constituir família torna-se, no mínimo, explicável.
Um dia desses conversava com amigos na faixa dos 40-45 anos que ainda estão solteiros e não têm vontade nem perspectiva de um casamento. Em um primeiro momento, vem o julgamento, mas depois, a escuta e, finalmente, a compreensão. Pode ser que você, apesar dos problemas na sua família, tenha boas famílias como exemplo, como referência. Mas, para muitos é bem difícil encontrar algum bom exemplo de família. Apenas ódio, desentendimentos, incompreensões, brigas e violência. “Por que me casar e repetir a história dos meus pais? Não conheço uma família que não tenha violência ou traição. Hoje em dia muitos casais acabam se separando…”. A vida descompromissada, de diversão e sexo casual, serve como fuga para alguém que já sofreu muito, que tem marcas, feridas e dores, e não quer repetir situações.
Em contrapartida, muitas famílias católicas que deveriam ser bons exemplos, referências de família, também têm se tornado grandes contra modelos familiares. Desde relatos de facebook até conversas informais no ponto de ônibus – na frente dos filhos, diga-se de passagem – em tudo há uma gota de reclamação e amargura. Pode ser a aparência, que está mais descuidada, a falta de tempo, o mau comportamento dos filhos, o esposo que não dá mais atenção, a esposa que ficou mais feia, a sogra, a cunhada, a vizinha, o carro, as contas, o trabalho, os serviços domésticos. Sempre há motivos para reclamar de algo e culpar o casamento ou a família por isso – direta ou indiretamente. E não são só as famílias novas as mais reclamonas, muitas vovós também dão aquele velho pitaco na vida alheia, com o clássico conselho: “Não casa não, casamento só traz dor de cabeça!”. Também cabe mencionar um cônjuge falando mal do outro para amigos, familiares ou colegas de trabalho. Isso vai corroendo o amor dos dois – além de ser um grande contra-testemunho.