quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Papa: é revolucionário amar o cônjuge assim como Cristo amou a Igreja

Na Audiência desta quarta-feira, Francisco completou sua reflexão sobre o sexto mandamento , "não cometer adultério". "Amar é sair de si, é descentralizar", afirmou.

Quarta-feira é dia de Audiência Geral no Vaticano. Cerca de 20 mil fiéis participaram na Praça São Pedro do encontro semanal com o Pontífice.
Nesta quarta-feira (31/10), o Papa Francisco completou a catequese sobre o sexto mandamento, “não cometer adultério”, evidenciando que o amor fiel de Cristo é a luz para viver a beleza da afetividade humana. O amor se manifesta na fidelidade, no acolhimento e na misericórdia.

Revolução
Este mandamento, recordou o Papa, refere-se explicitamente à fidelidade matrimonial. Francisco definiu como “revolucionário” o trecho da Carta de São Paulo aos Efésios lido no início da Audiência, em que o Apóstolo afirma que o marido deve amar a esposa assim como Cristo amou a Igreja. Levando em consideração a antropologia da época, disse o Papa, “é uma revolução. Talvez, naquele tempo, é a coisa mais revolucionária dita sobre o matrimônio”.
Por isso, é importante refletir profundamente sobre o significado de esponsal, estando ciente, porém, de que o mandamento da fidelidade é destinado a todos os batizados, não só aos casados.

Amar é descentralizar
De fato, o caminho do amadurecimento humano é o próprio percurso do amor, que vai desde o receber cuidados até a capacidade de oferecer cuidados; de receber a vida à capacidade de dar a vida. Tornar-se adultos significa viver a atitude esponsal, ou seja, capaz de doar-se sem medida aos outros.
O infiel, portanto, é uma pessoa imatura, que interpreta as situações com base no próprio bem-estar. “Para se casar, não basta celebrar o matrimônio!”, recordou o Papa. É preciso fazer um caminho do eu ao nós. De pensar sozinho, a pensar a dois. A viver sozinho, a viver a dois. Descentralizar é uma atitude esponsal.
Por isso, acrescentou Francisco, “toda vocação cristã é esponsal”, pois é fruto do laço de amor com Cristo mediante o qual fomos regenerados. O sacerdote é chamado a servir a comunidade com todo o afeto e a sabedoria que o Senhor doa.
A Igreja não necessita de aspirantes ao papel de sacerdotes, “é melhor que fiquem em casa”, mas homens cujo coração é tocado pelo Espírito Santo com um amor sem reservas para a Esposa de Cristo. No sacerdócio, se ama o povo de Deus com toda a paternidade, ternura e a força de um esposo e de um pai. O mesmo vale para quem é chamado a viver a virgindade consagrada.

O corpo não é um instrumento de prazer
“O corpo humano não é um instrumento de prazer, mas o local da nossa chamada ao amor, e no amor autêntico não há espaço para a luxúria e para a sua superficialidade. Os homens e as mulheres merecem mais!”
O Papa concluiu recordando que o sexto mandamento, mesmo em sua forma negativa – não cometer adultério – nos oriente à nossa chamada originária, isto é, ao amor esponsal pleno e fiel, que Jesus Cristo nos revelou e doou.

Dia de Finados
Ao final da Audiência, o Papa recordou a celebração do Dia de Finados. “Que o testemunho de fé dos que nos precederam reforce em nós a certeza de que Deus acompanha cada um no caminho da vida, jamais abandona alguém a si mesmo, e quer que todos sejamos santos, assim como Ele é santo.”

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2018-10/papafrancisco-audiencia-adulterio-amar-revolucao.html

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Papa: pastoral da família acolha também quem escolhe conviver sem se casar

“O horizonte da pastoral familiar diocesana seja sempre mais amplo, assumindo o estilo próprio do Evangelho, encontrando e acolhendo também aqueles jovens que escolhem conviver sem se casar. É preciso testemunhar a eles a beleza do matrimônio!”, exorta o Papa Francisco a participantes do Curso sobre matrimônio e família promovido pelo Tribunal da Rota Romana.

“O matrimônio não é somente um evento ‘social’, mas um verdadeiro Sacramento que comporta uma preparação adequada e uma celebração consciente. O vínculo matrimonial requer da parte dos noivos uma escolha consciente, que pondere a vontade de construir juntos algo que jamais deverá ser traído ou abandonado.”

Casais em crise: atitude de escuta e compreensão
Foi o que disse o Papa na tarde desta quinta-feira (27/09), na Basílica de São João de Latrão aos cerca de 850 participantes do Curso de formação sobre matrimônio e família promovido nos dias 24 a 26 de setembro pela Diocese de Roma e pelo Tribunal da Rota Romana. Realizado na Basílica sede da diocese, o curso teve a participação de párocos, diáconos permanentes, casais e agentes da pastoral da família.

Família, Igreja doméstica e santuário da vida
Dirigindo-se aos presentes ao término do referido curso, o Santo Padre ressaltou que o mesmo lhes permitiu examinar os desafios e projetos pastorais concernentes à família, considerada “Igreja doméstica e santuário da vida”.
Francisco disse tratar-se de um campo apostólico amplo, complexo e delicado, ao qual “é necessário dedicar energia e entusiasmo, no intento de promover o Evangelho da família e da vida”.
Tendo evocado a visão ampla e perspicaz de seus predecessores, disse ter desenvolvido nesta esteira o tema em questão, especialmente na Exortação apostólica Amoris laetitia (sobre o amor na família, ndr), “colocando no centro a urgência de um caminho sério de preparação para o matrimônio cristão, que não se reduza a poucos encontros.
Referindo-se à experiência pastoral em várias dioceses do mundo concernente ao acompanhamento dos noivos em vista do matrimônio, enfatizou que é importante oferecer-lhes “a possibilidade de participar de seminários e retiros de oração, que envolvam como animadores, além de sacerdotes, também casais de esposos de consolidada experiência familiar e especialistas nas disciplinas psicológicas.

Falta de acompanhamento eclesial após as núpcias
“Muitas vezes a raiz última dos problemas, que se apresentam após a celebração do sacramento nupcial, deve se procurar não somente numa imaturidade escondida e remota manifesta inesperadamente, mas sobretudo na fraqueza da fé cristã e na falta de acompanhamento eclesial, na solidão em que muitas vezes os recém-casados são deixados após a celebração das núpcias”, observou o Pontífice.
Por isso, “reitero a necessidade de um catecumenato permanente para o Sacramento do matrimônio que diz respeito à sua preparação, celebração e aos primeiros tempos sucessivos”, enfatizou Francisco dizendo tratar-se de “um caminho partilhado entre sacerdotes, agentes pastorais e esposos cristãos”.
Quanto mais o caminho de preparação for aprofundado e prolongado no tempo, mais os jovens casais aprenderão a corresponder à graça e à força de Deus e desenvolverão também os “anticorpos” para aprofundar “os inevitáveis momentos de dificuldades e fadiga da vida conjugal e familiar”.

Preparação para o matrimônio, tempo de graça
A experiência ensina que o tempo da preparação para o matrimônio “é um tempo de graça, em que o casal encontra-se particularmente disponível a ouvir o Evangelho, a acolher Jesus como mestre de vida”, acrescentou o Papa.
A maior eficácia do cuidado pastoral se realiza onde o acompanhamento não cessa com a celebração das núpcias, mas, observou ainda, prossegue “ao menos nos primeiros anos de vida conjugal”.
Francisco dedicou a última parte de seu discurso aos cônjuges que vivem sérios problemas em sua relação e se encontram em crise.
“É necessário ajudá-los a reavivar a fé e a redescobrir a graça do Sacramento; e, em certos casos – a ser avaliado com retidão e liberdade interior –, oferecer indicações apropriadas para iniciar um processo de nulidade.”
Aqueles que se deram conta do fato “que a união deles não é um verdadeiro matrimônio sacramental e querem sair desta situação, possam encontrar nos bispos, nos sacerdotes e nos agentes pastorais o auxílio necessário, que se expressa não somente na comunicação de normas jurídicas, mas, em primeiro lugar, numa atitude de escuta e de compreensão”.

Novo processo matrimonial, instrumento válido
A esse propósito, o Papa acrescentou que a normativa sobre o novo processo matrimonial constitui um instrumento válido, que requer ser aplicado concretamente e indistintamente por todos, em todos os níveis eclesiais, porque sua razão última, precisou Francisco, “é a salus animarum!” (a salvação das almas, ndr).
Com satisfação, o Santo Padre disse ter tomado conhecimento que “muitos Bispos e Vigários judiciais acolheram prontamente e aplicaram o novo processo matrimonial, para o conforto da paz das consciências, sobretudo dos mais pobres e distantes das nossas comunidades eclesiais”.

Testemunhar a beleza do matrimônio
O Pontífice concluiu fazendo votos de que “o horizonte da pastoral familiar diocesana seja sempre mais amplo, assumindo o estilo próprio do Evangelho, encontrando e acolhendo também aqueles jovens que escolhem conviver sem se casar. É preciso testemunhar a eles a beleza do matrimônio!” – exortou-os por fim.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2018-09/papa-pastoral-familia-acolha-quem-escolhe-conviver-sem-se-casar.html

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Mãe de 9 filhos comove o Papa Francisco na Estônia


Ela vive em um lar de caridade, ajudada por freiras católicas num país em que apenas 0,5% da população é católica

Durante a visita pontifícia do Papa Francisco aos três países bálticos, Lituânia, Letônia e Estônia, um testemunho o deixou especialmente comovido no dia de hoje: o de uma mãe de 9 filhos que vive em um lar de caridade e cujo esposo ficou três anos preso.
Marina deu o seu depoimento na Catedral de São Pedro e São Paulo, situada em Tallinn, a capital estoniana. Na Estônia, apenas 0,5% da população é católica. Uma maioria de cerca de 75% se declara sem religião. Entre os cristãos, a maioria é ortodoxa, seguida pelos luteranos. Foi na capital desse país amplamente secularizado que o Papa se reuniu com pessoas ajudadas por obras de caridade mantidas pela Igreja – entre essas pessoas, Marina.
Ela contou, que há treze anos, as Missionárias da Caridade foram fundamentais para ajudar a família durante uma fase crítica:
“Foi graças a elas que o meu esposo e eu vivemos juntos hoje, com dificuldades, mas tranquilos, cuidando da nossa grande família”.
O Papa parabenizou a família:
“Vocês foram abençoados com nove filhos e com bastante sacrifício, como vocês destacaram. Onde há crianças e jovens, há muito sacrifício, mas, especialmente, há futuro, alegria e esperança. Nestas terras de invernos tão rigorosos, vocês têm o calor mais importante de todos: o calor do lar, esse calor que nasce quando se está junto com a família. Com discussões e problemas? Sim. Mas com vontade de seguir em frente todos juntos. Não só com palavras bonitas, mas com bons exemplos”.
Francisco agradeceu também às freiras que ajudaram a família:
“Vocês não tiveram medo de ir ao encontro deles para serem sinal de proximidade e da mão estendida do nosso Deus. A fé missionária dessas irmãs está nas ruas das nossas cidades, dos nossos bairros, das nossas comunidades, dizendo com gestos bem concretos: ‘Você faz parte da nossa família, da grande família de Deus, na qual todos nós temos lugar. Não fiquem de fora’”.
Ele ainda fez um convite às religiosas:
“Sair pelos bairros para dizer a muita gente: ‘Todos vocês fazem parte da nossa família. Jesus chamou os discípulos e hoje também chama todos vocês, queridos irmãos, para continuarem semeando e transmitindo o Reino d’Ele. Ele conta com as suas histórias, com as suas vidas, com as suas mãos, para percorrer a cidade e compartilhar as mesmas coisas que vocês viveram. Posso contar com vocês?’”.

Fonte: https://pt.aleteia.org/2018/09/25/mae-de-9-filhos-comove-o-papa-francisco-na-estonia/

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Os pais nos deram a vida, jamais insultá-los, pediu Francisco

"Nunca, nunca, nunca insultar os outros, os pais. Nunca insultar o pai, a mãe. Nunca. Tomem esta decisão interior. A partir de hoje nunca insultarei o pai ou a mãe de quem quer que seja. Nos deram a vida. Nunca insultá-los”, foi o pedido do Papa Francisco na catequese da Audiência Geral desta quarta-feira.

Nunca insultar os pais! “Poderemos começar a honrar nossos pais com a liberdade de filhos adultos e com misericordiosa acolhida de seus limites”, “quando descobrirmos que o verdadeiro enigma não é mais “por que?”, mas “por quem?”” aconteceu isto ou aquilo que forjou a minha vida.
“Honrar pai e mãe”. O quarto mandamento foi o tema da catequese do Papa na Audiência Geral desta quarta-feira, 19, ao dar continuidade a sua série de reflexões sobre o Decálogo. Francisco pediu para nunca insultarmos os pais. Do Brasil estava presente um grupo do Colégio Santo Inácio, de Fortaleza.

O sentido de "honrar" 
Francisco começou explicando aos 13 mil presentes na Praça São Pedro, numa quarta-feira com tempo instável na Cidade Eterna, o sentido desta “honra”, que em hebraico indica a glória, o valor, a consistência de uma realidade. Portanto, “honrar” significa reconhecer este valor.
Se “honrar a Deus nas Escrituras quer dizer reconhecer a sua realidade, considerar a sua presença”, dando a Ele “seu justo lugar na existência”, honrar pai e mãe quer dizer então “reconhecer a sua importância também com atos concretos, que exprimem dedicação, afeto, cuidado”, mas não só.
“Honra o teu pai e a tua mãe, como te ordenou o Senhor, para que se prolonguem os teus dias e prosperes na terra que te deu o Senhor teu Deus”. O quarto mandamento – explica o Papa - “contém um êxito”, ou seja, “honrar os pais leva a uma vida longa e feliz”.

Feridas da infância 
De fato, “a palavra “felicidade” no Decálogo aparece somente ligada à relação com os pais”. E essa sabedoria milenar declara o que as ciências humanas conseguiram elaborar somente há pouco mais de um século, isto é,  que as marcas da infância marcam toda a vida:
“Muitas vezes pode ser fácil entender se alguém cresceu em um ambiente saudável e equilibrado. Mas da mesma forma perceber se uma pessoa vem de experiências de abandono ou de violência. A nossa infância é um pouco como uma tinta indelével, se expressa nos gostos, nos modos de ser, mesmo que alguns tentem esconder as feridas de próprias origens”.

Reconhecimento por quem nos colocou no mundo
Francisco chama a atenção, que o quarto mandamento não fala da bondade dos pais, nem pede a eles que sejam perfeitos, mas, “fala de um ato dos filhos, independente dos méritos dos genitores, e diz uma coisa extraordinária e libertadora”:
“Mesmo que nem todos os pais sejam bons e nem todas as infâncias sejam serenas, todos os filhos podem ser felizes, porque a realização de uma vida plena e feliz depende do justo reconhecimento para com aqueles que nos colocaram no mundo”.
“A realização de uma vida plena e feliz depende do justo reconhecimento para com aqueles que nos colocaram no mundo ”

Exemplo do Santos
O Papa ressalta o quanto este quarto mandamento “pode ser construtivo para tantos jovens que vem de histórias de dor e para todos aqueles que sofreram em sua juventude. Muitos santos - e muitos cristãos - depois de uma infância dolorosa viveram uma vida luminosa, porque, graças a Jesus Cristo, se reconciliaram com a vida:
"Pensemos ao hoje Beato, mas no próximo mês Santo Sulprizio, aquele jovem napolitano que há 19 anos acabou sua vida reconciliado com tantas dores, com tantas coisas, porque seu coração era sereno e jamais havia renegado seus pais. Pensemos em São Camilo de Lellis, que de uma infância desordenada construiu uma vida de amor e serviço; mas pensemos Santa Josefina Bakhita, crescida em uma escravidão horrível; ou ao abençoado Carlo Gnocchi, órfão e pobre; e ao próprio São João Paulo II, marcado pela perda da mãe em tenra idade”.
O homem, qualquer que seja a sua história, “recebe deste mandamento a orientação que conduz a Cristo”, em quem se manifesta de fato “o Pai verdadeiro, que nos oferece renascer do alto”.
“Os enigmas de nossas vidas se iluminam quando se descobre que Deus desde sempre nos preparou a vida como seus filhos, onde cada ato é uma missão dele recebida.”

Feridas como potencialidades
As nossas feridas – observou o Santo Padre – iniciam a ser “potencialidades” quando, por graça, descobrimos que o verdadeiro enigma não é mais “por que?”, mas “por quem?”” me aconteceu isto, explicando:
“Em vista de qual obra Deus me forjou através da minha história? Aqui tudo se inverte, tudo se torna precioso, tudo se torna construtivo. Então podemos começar a honrar nossos pais com a liberdade de filhos adultos e com misericordiosa acolhida de seus limites”.
“Em vista de qual obra Deus me forjou através da minha história?”

Jamais insultar pai e mãe
“Honrar os pais – exortou o Papa.  Nos deram a vida”. E fez um pedido:
“Se você se afastou dos seus pais, mah, faça um esforço e volte, volte para eles. Talvez sejam idosos. Deram a vida a você. E depois, entre nós existe este costume de dizer coisas feias, mesmo palavrões. Por favor. Nunca, nunca, nunca insultar os outros, os pais dos outros. Nunca! Nunca se insulta a mãe, nunca insultar o pai. Nunca! Nunca! Tomem esta decisão interior. A partir de hoje nunca insultarei a mãe ou o pai de quem quer que seja. Nos deram a vida. Nunca devem ser insultados”.
Mas essa vida maravilhosa, disse o Papa Francisco ao concluir, nos é oferta, não imposta. Renascer em Cristo é uma graça a ser acolhida livremente e é o tesouro de nosso Batismo, no qual, por obra do Espírito Santo, um só é o Pai nosso, aquele de céu”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2018-09/papa-francisco-audiencia-geral-catequese-decalogo-honrar-pai-mae.html

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Papa Francisco aos pais: tenham confiança na escola e nos professores

“Os professores são como vocês, comprometidos todos os dias com o serviço educacional de seus filhos."

O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta sexta-feira (07/09), na Sala Paulo VI, no Vaticano, cerca de mil e quatrocentos membros da Associação Italiana de Pais que este ano completa seu 50º aniversário.
Segundo o Pontífice, o encontro foi uma ocasião importante para confirmar o compromisso dos pais em prol da família e da educação. Um compromisso levado adiante “segundo os princípios da ética cristã a fim de que a família seja cada vez mais reconhecida e protagonista na vida social”.
A Associação Italiana de Pais emprega suas energias na ajuda aos genitores em sua tarefa educacional, especialmente no que diz respeito à escola, “parceira principal da família na educação dos filhos”.
“O que vocês fazem nesse campo é realmente louvável. Hoje, quando se fala de aliança educacional entre escola e família, se fala, sobretudo, para denunciar a sua falha: a família não aprecia mais, como anos atrás, o trabalho dos professores que sentem a presença dos pais nas escolas como uma intromissão, deixando-os à margem ou considerando-os adversários.”
Segundo o Papa, “para mudar essa situação é preciso que alguém faça o primeiro passo, vencendo o medo do outro e estendendo a mão com generosidade”.
Francisco incentivou os pais a cultivar e alimentar sempre a confiança na escola e nos professores. “Sem eles vocês correm o risco de permanecerem sozinhos na ação educacional e serem cada vez menos capazes de enfrentar os novos desafios educacionais que vêm da cultura atual, da sociedade, dos meios de comunicação e das novas tecnologias.”
“Os professores são como vocês, comprometidos todos os dias com o serviço educacional de seus filhos. Se é certo reclamar sobre os possíveis limites de sua ação, é nosso dever estimá-los como os aliados mais preciosos na tarefa educacional promovida juntos.”
A escola também precisa dos pais “e não pode alcançar seus objetivos sem realizar um diálogo construtivo com aqueles que têm a responsabilidade primária do crescimento de seus alunos”.
Recordando um trecho de sua Exortação apostólica pós-sinodal “Amoris laetitia”, o Papa ressaltou que a “escola não substitui os pais; serve-lhes de complemento. Este é um princípio básico: «qualquer outro participante no processo educativo não pode operar senão em nome dos pais, com o seu consenso e até mesmo por seu encargo».”
A seguir, o Papa citou um provérbio africano que diz: “Para educar uma criança é necessária uma aldeia.” Portanto, na educação escolar não pode faltar a colaboração entre as várias componentes da comunidade educacional.
Francisco convidou os pais a sentirem a proximidade da Igreja na missão de educar seus filhos e tornar a sociedade uma família, a fim de que toda pessoa seja acolhida, acompanhada e orientada aos valores verdadeiros, capaz de dar o melhor de si para o crescimento comum.

Fonte: https://pt.aleteia.org/2018/09/09/papa-francisco-aos-pais-tenham-confianca-na-escola-e-nos-professores/

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Semana Nacional da Família prepara Igreja no Brasil para Encontro Mundial com o Papa

Neste ano, a Semana Nacional da Família, promovida pela Igreja no Brasil para a valorização das famílias, terá também o objetivo de preparar os fiéis para o Encontro Mundial que acontecerá na Irlanda com o Papa Francisco.
A Semana Nacional da Família terá início no próximo domingo, 12 de agosto, Dia dos Pais, e seguirá até o dia 18 de agosto, sendo celebrada em todo o país, promovida pela Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF) e Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
O tema deste ano será “O evangelho da Família, alegria para o mundo”, o mesmo do IX Encontro Mundial das Famílias com o Papa Francisco, que acontecerá em Dublin, Irlanda, entre os dias 22 e 26 de agosto.
“O ‘Evangelho da Família’ ressalta o lado positivo da família, a família como boa notícia, como um bem, um dom de Deus”, indicou o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB e Bispo de Osasco (SP), Dom João Bosco Barbosa de Sousa.
“‘Alegria para o mundo’ acentua o fato de que ser família não é um aspecto da doutrina, um valor apenas para os cristãos ou para as pessoas religiosas. É uma riqueza para o mundo, para a humanidade toda”, assinalou.
Por sua vez, o assessor nacional da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, Pe. Jorge Filho, explicou que, “motivados pelo tema do IX Encontro Mundial das Famílias, queremos, juntos com o Papa, nos empenhar para anunciarmos o Evangelho da Família que deve ser a alegria para o mundo”.
O Encontro Mundial das Famílias foi idealizado por São João Paulo II em 1992 e acontece a cada três anos, com objetivo de “celebrar o dom divino da família” e aprofundar a “compreensão da família cristã como Igreja doméstica e unidade básica de evangelização”.
Neste ano, além das famílias brasileiras que se inscreveram para o evento, o Brasil estará também representado pelo presidente da Comissão para a Vida e Família da CNBB, Dom João Bosco Barbosa de Sousa, pelo assessor nacional da comissão, Pe. Jorge Alves Filho, e pelo casal coordenador nacional da Pastoral Familiar, Luiz Zilfredo Stolf e Carmen Rodrigues Stolf.
“Esperamos que esse encontro reforce o trabalho de evangelização que vem sendo realizado pela Pastoral Familiar, esclareça questões, chame a atenção do mundo para a importância da família, construída segundo a vontade de Deus, pois só assim ela pode ser alegria para o mundo”, concluiu Dom Bosco.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticias/semana-nacional-da-familia-prepara-igreja-no-brasil-para-encontro-mundial-com-o-papa-98461

Catequese II: As famílias à luz da Palavra de Deus

A Sagrada Família com suas vicissitudes ensina-nos a todos que a Palavra de Deus não é uma transmissão de verdades religiosas ou uma catequese ou um ensinamento de normas morais para serem postas em prática; A Palavra é uma relação viva e profunda com Deus que se torna história na vida de cada família.

"Ajudai, ó Mãe, a nossa fé. Abri o nosso ouvido à Palavra, para reconhecermos a voz de Deus e a sua chamada. Despertai em nós o desejo de seguir os seus passos, saindo da nossa terra e acolhendo a sua promessa. Ajudai-nos a deixar-nos tocar pelo seu amor, para podermos tocá-Lo com a fé. Ajudai-nos a confiar-nos plenamente a Ele, a crer no seu amor, sobretudo nos momentos de tribulação e cruz, quando a nossa fé é chamada a amadurecer. Semeai, na nossa fé, a alegria do Ressuscitado. Recordai-nos que quem crê nunca está sozinho. Ensinai-nos a ver com os olhos de Jesus, para que Ele seja luz no nosso caminho. E que esta luz da fé cresça sempre em nós até chegar aquele dia sem ocaso que é o próprio Cristo, vosso Filho, nosso Senhor!" (Papa Francisco, Encíclica Lumen fidei 29 de junho de 2013)

O ícone evangélico que é o pano de fundo dessas catequeses imediatamente nos torna conscientes do significado religioso da Sagrada Família de Nazaré. Enquanto lemos no Evangelho de Lucas, todos os anos, pontualmente para a festa da Páscoa, José e Maria com Jesus vão ao templo de Jerusalém para cumprirem juntos, seu ato de fé. Estamos diante de uma família em que todos os membros, pai, mãe e filho, juntos realizam uma longa jornada, com todas as dificuldades e os imprevistos do tempo (tanto que, no caminho de volta, Jesus se perdeu), para comemorar seu ato de ação de graças pascal a Deus pela libertação que Ele trouxe para o povo de Israel da escravidão no Egito. É uma família que, ao lembrar o amor salvador de Deus, a torna viva e ativa no presente em vista de um futuro em que a fidelidade divina dará plenitude e satisfação à Sua promessa.
A peregrinação não é apenas um simples ato devocional e religioso que faz parte das tradições do próprio povo. Certamente, não é uma novidade ver as famílias completas de cada membro participar de festas religiosas que chamam a atenção de comunidades inteiras, como a festa do Padroeiro ou os eventos religiosos que caracterizam algumas culturas em seu viver, os tempos fortes do ano litúrgico, especialmente o Natal, a Semana Santa e a Páscoa.
O que a Sagrada Família faz não é apenas um ato tradicional, mas algo que revela um importante “background” do qual estamos conscientes através dos mesmos relatos evangélicos anteriores a narração desse episódio. Tanto Maria quanto José são desafiados por uma Palavra que, vindo do Alto de um modo inesperado e 2 surpreendente, provoca uma resposta de fé. A leitura inexperiente dos dois relatos evangélicos, a de Lucas sobre Maria e a de Mateus sobre José, nem sempre faz compreender a adesão total da fé dos dois ao misterioso projeto divino. Muitas vezes, damos por certo e óbvio a aparição do anjo a Maria em sua casa em Nazaré e a José no sonho, e nos parece normal que os dois deem o seu consentimento.

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

"As famílias de hoje": I Catequese preparatória ao IX Encontro Mundial das Famílias

A organização do IX Encontro Mundial das Famílias elaborou uma série de catequeses preparatórias ao grande evento que se realizará em Dublin, de 21 a 26 de agosto, que iremos repropor nestes dias.

O tema da Primeira Catequese é "As famílias de hoje"
"Filho, por que agiste assim conosco? Olha, teu pai e eu estávamos angustiados, á tua procura". (Lc 2,48) Maria, mulher da escuta, abre os nossos ouvidos; faz com que saibamos ouvir a Palavra do teu filho Jesus entre as mil palavras deste mundo; faz com que saibamos ouvir a realidade em que vivemos, cada pessoa que encontrarmos, especialmente aquela que é pobre, necessitada, em dificuldade. Maria, mulher da decisão, ilumina a nossa mente e o nosso coração,para que saibamos obedecer a Palavra do teu Filho Jesus, sem hesitação;Dá-nos a coragem da decisão, para não nos deixar arrastar para que outros orientem nossa vida. Maria, mulher de ação, faz com que as nossas mãos e pés se movem “com pressa” para os outros,para levar a caridade e o amor do teu Filho Jesus,para levar, como você, a luz do Evangelho ao mundo. Amém. Papa Francisco, Praça São Pedro 31 de maio de 2013)
Os Evangelhos nos narram poucas histórias sobre os acontecimentos da Sagrada Família de Nazaré. Muito é deixado ao nosso imaginário, considerando que foram cerca de trinta anos em que Jesus viveu em Nazaré com os seus. Os poucos episódios transmitidos tornaram-se fundamentais para compreender o mistério desta família.
A única história que nos apresenta Jesus aos doze anos (naquela época, a idade não era apenas de um menino, mas de uma pessoa que atingiu recentemente a idade da maturidade) que interage com seus pais, está no Evangelho de Lucas e é assim dita a história da "descoberta de Jesus no templo para discutir com os doutores da lei".
Nós certamente esperamos a narração de uma página idílica da Sagrada Família, um pouco como a dos comerciais, em que todos os membros da família são lindos, sempre sorridentes e brilhantes, em total e absoluto entendimento mútuo, no entanto, com a nossa grande maravilha, o Evangelho nos dá outra história. Para usar um termo muito na moda hoje, a Família de Nazaré "entra em crise".

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Por quem os sinos dobram

Perante o Supremo Tribunal Federal, a ADPF 442 pretende descriminalizar o aborto até 12 semanas de gestação.
Neste dia 2 de agosto, todas as igrejas católicas do Estado do Rio de Janeiro estão soando sinos, em clamor de uma só voz. No dia 3, inicia-se audiência pública no STF sobre esse candente tema.
A ADPF 442 pretende deslocar o debate cidadão sobre o assassinato via aborto do Congresso para o Tribunal, quando tribunais não são criados para elaborar leis. Ela encerra um pedido impossível, que é retirar do Parlamento a prerrogativa de ouvir o povo e legislar, e transferi-la ao Supremo, que deve guardar a Constituição e as leis, e não revogá-las.
O procedimento adotado pela Corte Suprema permitirá que a iminente audiência pública, se não for adiada, leve à falsa impressão de que a cultura da morte de inocentes indefesos deitou raízes majoritárias no Brasil. O volume de falas é desproporcional: 29 expositores pró-aborto escalados, sendo que até vozes estrangeiras pró-morte terão vez. Por outro lado, menos da metade dos admitidos a falar são instituições brasileiras pró-vida, em iníqua disparidade de armas, incompatível com a igualdade e a democracia.
Em debate, a obra do Constituinte pela dignidade e inviolabilidade da vida humana, desde a concepção até a morte natural, como decorre da Biologia. Tema relevante para a sociedade brasileira, o Congresso Nacional já rejeitou expressamente o aborto, tão condenado em recentes debates na Casa.
Em respeito à vontade do povo, diante até do renovado Congresso que será eleito, recomenda-se aguardar novos debates sobre a vida e o aborto. A vida frágil no seu começo e fim reclama proteção.
Na véspera da audiência no STF, por quem os sinos dobram? Os sinos dobram pelas vidas inocentes e indefesas da nação brasileira.

José Marcos Domingues é presidente da União dos Juristas Católicos do Rio de Janeiro


Fonte: https://oglobo.globo.com/opiniao/por-quem-os-sinos-dobram-22943005?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign=compartilhar

quarta-feira, 13 de junho de 2018

Os 7 hábitos das pessoas que amam profundamente

Essas são as qualidades e atitudes que devemos cultivar se quisermos que nossos relacionamentos sejam mais satisfatórios

Todos nós sabemos isso em teoria: se queremos crescer em amor e tornar nosso relacionamento cada vez mais sólido, precisamos alimentá-lo; precisamos satisfazer as necessidades emocionais um do outro. Um casamento que não é alimentado com o alimento certo passará fome. Isso é verdade em qualquer relacionamento.
Mas não é qualquer “alimento” que serve. Precisamos amar os outros da maneira que eles mais querem ser amados. E para fazer isso, precisamos estar abertos, dispostos a aprender sua mais importante linguagem de amor e preencher seu “tanque de amor” até a borda.
O livro do terapeuta e conselheiro matrimonial Gary Chapman, Love as a Way of Life: Seven Keys to Transforming Every Aspect of Your Life, apresenta dicas práticas que precisamos aprender para expressar nosso amor de maneira eficaz. Especificamente, ele sugere desenvolver 7 qualidades que não sejam apenas sobre sentimentos vagos ou boas intenções, mas hábitos que devemos praticar se quisermos nos tornar pessoas que amam profunda e genuinamente.

1.    Bondade (ou gentileza)
A bondade é a alegria de satisfazer as necessidades de outra pessoa antes da nossa; isso significa colocar o relacionamento em primeiro lugar. Somos gentis quando aprendemos a ver as necessidades do outro e as colocamos à frente das nossas. Precisamos entender que nunca poderemos amar verdadeiramente se não estivermos dispostos a nos sacrificar. O verdadeiro ato de bondade é aquele que nasce naturalmente, espontaneamente e sem outro interesse além de trazer alegria e bem-estar para o outro.

2.    Paciência
É a capacidade de aceitar as imperfeições dos outros, reconhecendo que estamos todos em processo de transformação. A paciência nos ajuda a permitir que os outros sejam imperfeitos. Se queremos amar os outros bem, devemos ter paciência conosco também!

3.    Perdão
É preciso sinceridade, compaixão e autoconsciência para se reconciliar com alguém que nos magoou. O verdadeiro perdão só ocorre quando a justiça e o amor operam juntos. O perdão por si só não é suficiente para recuperar a confiança, mas sem o perdão a confiança não pode ser recuperada. Temos que praticar o perdão em pequenas coisas e pedir desculpas até mesmo por pequenas ofensas… porque todos sabemos que, às vezes, os menores gestos podem conquistar um coração ou fechar uma porta.

4.    Cortesia
Cortesia significa tratar os outros como amigos pessoais, com gentileza, reconhecendo seu valor como pessoa. Isso é essencial para tornar o amor um modo de vida, já que a pessoa gentil enfatiza o valor dos relacionamentos. Para a pessoa que ama verdadeiramente, a cortesia e a polidez são um modo de vida e uma fonte de satisfação.

5.    Humildade
Humildade significa sentar no banco de trás para que outra pessoa possa ser a primeira. A humildade reafirma o valor dos outros; é a paz interior que nos permite nos afastar para destacar o valor de outra pessoa. Estar ciente de seu próprio valor é um passo em direção a amar os outros de uma maneira mais autêntica.

6.    Generosidade
Como disse São João Paulo II, amar significa dar-se de presente. Generosidade significa dar-se aos outros de maneira livre e altruísta, oferecendo nossa atenção, tempo, talento, recursos e compaixão, simplesmente por amor.

7.    Sinceridade
Quando somos sinceros, mostramos a pessoa que realmente somos. É a consistência amorosa entre o que dizemos, pensamos e fazemos. Isso significa colocar a verdade em primeiro lugar. Uma pessoa que ama verdadeiramente é sempre sincera com as pessoas que ama e sempre diz a verdade com tato.

Há mais a dizer sobre este tema do amor como um modo de vida. Que mundo seria este se todos nós realmente escolhêssemos viver dessa maneira! Haveria mais unidade e menos divisão, mais altruísmo e menos egoísmo… e casamentos e famílias mais felizes são o alicerce de uma sociedade mais feliz.

Fonte: https://pt.aleteia.org/2018/06/12/os-7-habitos-das-pessoas-que-amam-profundamente/?utm_campaign=NL_pt&utm_source=daily_newsletter&utm_medium=mail&utm_content=NL_pt

terça-feira, 5 de junho de 2018

Papa: proteger a vida desde a concepção até o ocaso natural

"Sejam sinais de esperança, que aliviam os momentos de solidão e sofrimento na enfermidade", disse Francisco aos membros da Sociedade Italiana de Combate à Distrofia Muscular, doença genética degenerativa, que acomete, geralmente, crianças entre 1 e 6 anos.

O Santo Padre concluiu suas atividades, na manhã deste sábado (02/6), recebendo, na Sala Paulo VI, no Vaticano, cerca de 1.500 membros da Sociedade italiana de Combate à Distrofia Muscular.
A distrofia muscular, recordamos, é uma doença genética degenerativa, que acomete, geralmente, crianças entre 1 e 6 anos, provocando fraqueza e perda progressiva da função muscular. Trata-se de uma doença grave que não dá nenhuma expectativa de vida.
Em seu discurso aos numerosos presentes, o Papa cumprimentou e agradeceu “aos sócios e voluntários da Sociedade, que prestam um generoso serviço, em todo o território nacional, aos pacientes acometidos por distrofias e outras patologias musculares. E acrescentou:
“Para eles, vocês são sinais de esperança, que aliviam os momentos de solidão e sofrimento, e estímulo para enfrentar a enfermidade, com confiança e serenidade. Sua presença assegura-lhes uma assistência preciosa, em âmbito médico e social, além do calor humano, do diálogo fraterno e da ternura. A reabilitação física pode e deve ser acompanhada por uma reabilitação espiritual, composta de gestos de solidariedade, um serviço para combater a dor física, mas também o sofrimento moral de abandono e isolamento”.
Entre as caraterísticas de tal serviço, o Papa recordou a gratuidade, - para além dos interesses ou ideologias, - discrição, fidelidade, atenção, prontidão, eficácia, humildade, serenidade, determinação, pontualidade, perseverança e respeito pelo paciente. Por isso, Francisco animou os membros da Associação italiana de Combate à Distrofia Muscular:
“Encorajo-os a prosseguir nesta trajetória, tornando-se, cada vez mais, testemunhas de solidariedade e caridade evangélica. Seu precioso serviço é um fator peculiar de humanização, que leva a sociedade a ser mais atenciosa com a dignidade humana. Jesus compartilhou, até à morte, da nossa realidade terrena, ensinando-nos a agir com caridade, que é a forma mais eloquente do testemunho evangélico”.
Neste sentido, o Santo Padre recordou os inúmeros homens e mulheres cristãos, que, ao longo dos séculos, se dedicaram com amor ao próximo sofredor, como José Cottolengo, Luís Guanella, Luís Orione.
Francisco concluiu seu discurso recordando a importância da ajuda e da assistência a quem sofre, bem como o testemunho cristão, sobretudo entre os jovens, que devem ser educados a uma cultura de solidariedade e acolhida, aberta às necessidades das pessoas mais frágeis.
Por fim, o Papa afirmou que “quem sofre compreende mais o valor do dom divino da vida, que deve ser tutelada, desde a sua concepção até ao fim natural”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2018-06/papa-francisco-sociedade-italiana-distrofia-proteger-dom-vida.html

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Anna ia abortar. Mas desistiu depois que recebeu um telefonema do Papa

Ela estava grávida de um homem que tinha outra família. Por isso, ia abortar. Mas um telefonema do Papa mudou tudo...

Ela não ia continuar com a gravidez. O homem que a engravidou não ia reconhecer a criança. Diante disso, a única solução era o aborto.
Mas veio um telefonema inesperado. Do outro lado da linha, o Papa Francisco, que, como um bom pai, fez a mulher pensar melhor e explicou a ela o motivo pelo qual valeria a pena levar a gestação adiante.
Ela aceitou o conselho de Francisco e decidiu não abortar. Uma história com final feliz, cujos detalhes estão abaixo.

O pedido do homem
Anna é uma italiana divorciada. Ao site Credere, ela disse que, depois de ter perdido o emprego, mudou-se de Roma para a Toscana. Lá, descobriu que estava grávida de um homem que já tem uma família. Ele não queria reconhecer a criança. O homem, então, a pressionou e a moça cedeu ao pedido dele: abortar!
Mas, antes de cometer o crime contra a vida, ela decidiu escrever uma carta para uma pessoa especial. Anna colocou sua história no papel. No envelope, o destinatário: “Santo Padre Papa Francisco, Cidade do Vaticano, Roma”.
Poucos dias depois, o telefone de Anna toca.

“Eu li a sua carta”
No telefone, apareceu um número desconhecido, com prefixo de Roma. Ela atendeu. Do outro lado, uma voz dizia: “Olá, Anna. Sou o Papa Francisco. Eu li a sua carta. Nós, cristãos, não devemos perder a esperança. Uma criança é um dom de Deus, um sinal da Providência”.
Anna revelou: “as palavras dele encheram o meu coração de alegria. Ele me disse que eu deveria ser corajosa e forte por meu filho”.
Nos longos minutos ao telefone com o Papa, Anna disse a ele que sua vontade não era matar a vida que levava no ventre. Ela esclareceu também que não queria interromper a gravidez e que tinha a intenção de batizar a criança. Porém, temia que isso não fosse possível, pois ela é divorciada.

“Estou aqui sempre que precisar”
O Papa respondeu com a simplicidade de um autêntico pastor: “estou convencido que não terás problemas em encontrar um padre [para fazer o Batismo]. Caso contrário, saiba que estou sempre aqui”.
E assim terminou o telefonema que mudou para sempre a vida de Anna.

Fonte: https://pt.aleteia.org/2018/05/23/o-telefonema-do-papa-francisco-que-mudou-para-sempre-a-vida-de-uma-mulher/?utm_campaign=NL_pt&utm_source=daily_newsletter&utm_medium=mail&utm_content=NL_pt