As crianças e os jovens da era
tecnológica dominam com seus ágeis dedos os botões dos aparelhos eletrônicos e
viajam pelos games dos visores dos computadores, dos iPads e dos iPhones.
É tão atraente e envolvente a
cultura dos games que os adultos – que antigamente exigiam das crianças e dos
jovens que deixassem o futebol, as pipas, as bicicletas e os carrinhos de
rolemã para estudarem – hoje são seus imitadores.
Em aeroportos, em longas viagens
aéreas, nas salas de espera dos consultórios ou na privacidade dos quartos
pessoais e em muitos outros lugares – menos no ambiente de trabalho
profissional –, o que se vê são adultos que não conseguem deixar de ser dessa
“geração games”.
Talvez ser da “geração games”, sendo
da antiga geração do telefone fixo, da máquina de escrever, das cartas
manuscritas, das brincadeiras que mexiam com todo o corpo e não só com a
agilidade dos dedos polegares seja muito relaxante, ajude a aliviar o estresse
do atual mundo tecnológico.
O que talvez não seja relaxante nem
aliviante é ser da geração “games de família”. O que é a geração “games de
família”? Consideremos a atual cultura pós-moderna caracterizada “pela
autorreferência do indivíduo, que conduz à indiferença pelo outro, de quem não
necessita e por quem não se sente responsável” (cf. Documento de Aparecida, nº
46), a fim de entender exatamente essa “nova geração”.