terça-feira, 29 de outubro de 2013

Aprender a amar: o sentido da família

            “A Revolução do Amor” foi o tema do 22º Congresso Arquidiocesano da Pastoral Familiar, que aconteceu no dia 19 de outubro, no Edifício João Paulo II, na Glória. No simpósio, os palestrantes refletiram sobre as palavras do Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude Rio2013. Sobre a importância de ir ao encontro das pessoas, de não ficar acomodado, mas encontrar meios criativos para viver em família, evangelizar e transformar o mundo.
            Em sua palestra, o bispo auxiliar e animador da Pastoral Familiar, Dom Antonio Augusto Dias Duarte, incentivou os presentes a serem revolucionários, isto é, a não se acomodarem com os contravalores impostos pela sociedade.
            “Em vários momentos o Papa falou que os cristãos precisam ser revolucionários, ou seja, nadar contra a corrente, para que aconteça a revolução da ternura. Promover a cultura do encontro é ser revolucionário, porque, muitas vezes, a casa é o último lugar onde as pessoas se encontram. É necessário agir com criatividade e coragem para que haja um ambiente mais sadio em família”, observou o bispo.
            No final, Dom Antonio fez algumas perguntas para ajudar na reflexão, entre elas: Até que ponto estou insatisfeito com tanto consumismo, hedonismo, materialismo, permissivismo que afetam a minha família? Onde, na minha família, se está perdendo o sentido da vida familiar?
            “O sentido da vida familiar é viver com as pessoas em comunhão, com corresponsabilidade, ensinando os valores sociais e o amor. O sentido da família é ensinar as pessoas a amar, porque, se não aprendermos em casa, onde aprenderemos?”, interrogou o bispo.
            Dom Antonio destacou que é preciso aproveitar bastante os efeitos benéficos gerados pela JMJ. “Quando a jornada passa por um país, por uma cidade, transforma o ambiente. Não podemos deixar que esse evento seja apenas mais uma lembrança, é preciso gerar uma revolução, dar uma mexida profunda em toda a vida”, encorajou ele. 

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

"O Dia do Nascituro é todo dia"

            A missa do Dia do Nascituro, em 8 de outubro, foi presidida pelo bispo auxiliar Dom Pedro Cunha Cruz, na Igreja Nossa Senhora do Parto, no Centro.
            Na homilia, o bispo destacou que o nascituro, ou seja, a criança ainda não nascida, é um ser humano único, e que, desde o momento da concepção, já possui uma alma que nunca poderá ser repetida. Dom Pedro alertou que a vida é sagrada e que ninguém pode impedir alguém de nascer.
            “Querer interferir no mistério da vida significa entrar em algo que não pertence ao ser humano, mas sim a Deus. O ventre materno é o lugar do sagrado e o Dia do Nascituro é todo dia”, destacou.
            No final, o reitor da capela, padre Omar Raposo, agradeceu a presença do bispo que trouxe uma mensagem de vida. A representante da Comissão Arquidiocesana de Promoção e Defesa da Vida, Maria José da Silva, recordou o trabalho de evangelização que acontece na Igreja todo dia 18 de cada mês, com aconselhamento, missa e bênção para gestantes. Informações: 8219-2812

Aprovação do Estatuto
            “Precisamos ser voz e vez das crianças que estão nos ventres de suas mães. O Estatuto do Nascituro (PL 478/2007), que tramita na Câmara dos Deputados, prevê a proteção integral da mulher e do bebê. Para que ele seja aprovado, só falta passar pela Comissão de Constituição e Justiça. Pedimos que todos mandem mensagem para os deputados dessa comissão”, incentivou Maria José.
            As mensagens para os deputados podem ser enviadas pelo site www.camara.gov.br. “Vamos lutar para que esse projeto seja votado ainda esse ano. Não iremos eleger absolutamente nenhum deputado, parlamentar, governador e presidente que seja favorável à cultura de morte”, garantiu.
            É possível assinar a petição online para a aprovação do Estatuto do Nascituro, promovida pelo Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil sem Aborto, pelo link http://migre.me/gjGiG

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Família e Vida: sobrevivência

Parte II
Um novo desafio que a família vem enfrentando tanto na América Latina como na Europa com respeito à promoção e a defesa dos seus autênticos direitos e da dignidade da vida humana é de natureza jurídica.
Tanto no nível dos tribunais nacionais quanto a nível de tribunais e cortes internacionais verifica-se um enfraquecimento progressivo da ciência jurídica devido às forças dos interesses marcadamente ideológicos, que pretendem instaurar na sociedade um novo modelo de relações interpessoais.
Muitos desses tribunais estão a serviço de grupos minoritários, que numa linha de pensamento relativista atuam no campo da ética natural e cristã. Em vez de emitirem sentenças sobre casos concretos que realmente violam os Direitos Humanos e a dignidade da pessoa humana, esses tribunais passaram a ser os promotores de “novos direitos”. Com muita razão fala-se hoje de uma “juristo-cracia”.
Os “juristocratas” pretendem introduzir nos sistemas legais dos países democratas novos consensos, por exemplo, redefinindo o matrimônio e a família, conceituando o que é concepção da vida humana, apresentando a união entre pessoas de mesmo sexo e a de adoção de filhos como novo modelo de amor. Resumindo, em muitos tribunais e cortes internacionais há uma estratégia bem estabelecida para a reconstrução e reinterpretação dos direitos baseados na dignidade inerente e inviolável da pessoa humana.
Um grupo de pessoas preocupadas e dedicadas ao conhecimento desse novo desafio de natureza jurídica esteve reunido em Roma, na sede do Pontifício Conselho para a Família, durante todo o dia 18 de setembro passado. Desse grupo faziam parte políticos, advogados, procuradores de Estado, comunicadores, filósofos, professores universitários, bispos, que atuam tanto no ambiente pastoral como no ambiente civil.
Essa reunião intitulada “Estudo sobre a família na jurisprudência e nas cortes internacionais” dentro do Seminário Internacional sobre os “Direitos da família e os desafios do mundo contemporâneo”, organizado pela Associação Italiana de Juristas Católicos junto com o Pontifício Conselho para a Família, procurou-se aprofundar na dinâmica funcional do sistema jurídico desses tribunais e cortes internacionais para se posicionar, desde o Direito Natural e a soberania das nações, diante dessas sentenças que acabam descaracterizando a família e desprestigiando a vida humana, e também para determinar bem quais são os instrumentos disponíveis para a verdadeira defesa e promoção dos autênticos Direitos Humanos.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Brasil sem Aborto

            A 1ª Caminhada em Defesa da Vida, foi realizada no dia 5 de outubro, no Rio de Janeiro, reuniu milhares de participantes. Famílias seguiram da Candelária até o Largo da Carioca, onde aconteceu um ato público, com a presença do arcebispo Dom Orani João Tempesta e do bispo auxiliar Dom Antonio Augusto Dias Duarte, além de outros líderes políticos e religiosos.
            “O direito à vida é o primeiro direito do ser humano. E essa caminhada tem ligação com todas as pessoas que acreditam na vida”, afirmou o arcebispo.
            Entre as personalidades presentes, estavam a cantora Elba Ramalho e a atriz Cássia Kiss, que falaram sobre a importância da valorização da vida, contra a legalização do aborto.
            “Diante de um planeta onde o assunto mais importante tem sido a morte, nós estamos aqui defendendo a vida. Estou muito feliz por estar aqui hoje”, disse Cássia Kiss.
            A iniciativa do ‘Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil sem aborto’ tem apoio da Arquidiocese do Rio, do Instituto Eu Defendo, da Pastoral Familiar – Nacional, do Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política – Fenasp e do Conselho Espírita do Estado do Rio de Janeiro (CEERJ).
            O evento, que é aconfessional e suprapartidário, luta pela promoção e dignidade da pessoa humana, desde a concepção à morte natural.
            “A mulher geralmente não quer abortar. E o Estatuto do Nascituro prevê políticas públicas de amparo a essas mulheres”, explicou a secretária executiva do Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil sem aborto, Jane Chantre.
            Os participantes carregaram cartazes com inscrições pró-vida e dois abaixo assinados pelas pessoas. Tinham como finalidade buscar apoio aos projetos de lei nº 478/2007, sobre a criação de casas de apoio à vida, e o Estatuto do Nascituro, respectivamente.

Bandeiras da Caminhada
1 – Pela dignidade da mulher e da vida humana.
2 – PL 478/2007 – aprovação do Estatuto do Nascituro, que garante à criança o direito de nascer.
3 – PL 416/2011 – criação do Programa Estadual de Prevenção ao Aborto e Abandono de Incapaz, que autoriza ao Poder Executivo a criação de Casas de Apoio à Vida.
4 – Por uma reforma do Código Penal (PLS 236/2012) sem aborto e eutanásia.
5 – PEC 164/2012 (emenda à Constituição) para acrescentar ao artigo 5 da Constituição Brasileira a expressão “desde a concepção” ao termo “inviolabilidade do direito à vida”.
            A próxima caminhada em defesa da vida acontecerá no dia 25 de março de 2014. Informações: www.brasilsemaborto.com.br.

Fonte: Jornal Testemunho de Fé

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

“O ventre materno é o lugar do sagrado”

O bispo auxiliar Dom Pedro Cunha Cruz presidiu a missa pelo Dia do Nascituro, na noite desta terça-feira, dia 8 de outubro, na Igreja Nossa Senhora do Parto, no Centro.
Na homilia, o bispo destacou que a Santa Missa, memorial da vida de Cristo, é a melhor maneira de celebrar a vida. Ele destacou que o nascituro, ou seja, a criança não nascida, já tem uma alma, que nunca poderá ser repetida.
“Deus pensa cada alma de forma individual, porque o ser humano não pode ser repetido. A defesa do nascituro deve ser contínua. Mexer no campo da vida significa entrar em algo que não pertence ao ser humano, mas sim a Deus, porque o homem não é nada diante da Sabedoria de Deus”, destacou.

Semana Nacional da Vida
O Dia do Nascituro encerra a Semana Nacional da Vida (SNV), celebrada em todo o Brasil na primeira semana de outubro. A iniciativa foi instituída em 2005, durante a 43ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Ficou estabelecido que a SNV deve ser realizada anualmente, de 1º a 7 de outubro, culminando com o Dia do Nascituro, no dia 8. Neste período, os regionais da CNBB e dioceses de todo país desenvolvem atividades voltadas à defesa e à promoção da vida.
A SNV sempre propõe um tema de estudo. Este ano, as reflexões ocorreram em torno do tema “Vida, saúde e dignidade: direito e responsabilidade de todos”. 


Fonte: arqrio.org

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Diante da vida: acolher e cuidar

            Em todo território brasileiro, 8 de outubro é marcado pela comemoração do Dia Nacional do Nascituro, que marca o reconhecimento do direito do ser humano à vida desde a concepção.
            Há seis anos tramita no Congresso Nacional o Projeto de Lei nº 478, de 2007, que visa proteger o nascituro, o ser humano que já está em formação, mas ainda não nasceu. Recentemente, esse projeto foi aprovado pela Comissão de Finanças da Câmara, depois de ter passado pela Comissão de Seguridade Social e Família. Antes de finalmente ir para o plenário da Câmara e do Senado para receber a sanção presidencial, o projeto deverá passar ainda pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.

Reconhecendo o valor da vida
            Para o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família (Cepvf), Dom João Carlos Petrini, que é bispo da diocese de Camaçari, na Bahia, a vida humana é o valor mais precioso sobre a Terra.
            “A razão humana já reconheceu o valor da vida e procurou protegê-la aprovando a Declaração Universal dos Direitos Humanos logo depois do grande desrespeito que a vida humana sofreu durante a Segunda Guerra Mundial e por causa do nazismo e do estalinismo. A fé cristã fortalece esta certeza, ao reconhecer que a vida humana é relação com o mistério criador e Pai, do qual é ‘imagem e semelhança’. Por isso ela é sagrada e inviolável”, disse.
            E pontuou:
            “A nós cabe fazer resplandecer a beleza do direito de viver em todas as etapas de sua existência, sua grandeza incomparável, sua misteriosa origem e seu destino eterno nestes tempos nos quais a morte parece mais amada que a vida”.

Estatuto do Nascituro
            Em virtude da Semana Nacional da Família, promovida todos os anos pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), entre os dias 1 e 7 de outubro, uma carta foi enviada por Dom Petrini aos bispos e arcebispos do Brasil. Nela, ele pede para que as atividades públicas e também no âmbito da comunidade sejam realizadas para colher assinaturas em favor da aprovação do Estatuto do Nascituro na Câmara dos Deputados.
            O Estatuto prevê que ao embrião e ao feto seja reconhecida a dignidade humana e, como consequência, a proteção jurídica. Outro fator apresentado no estatuto garante que seja respeitado, antes de tudo, o direito à vida desse ser humano ainda em formação, mas já existente e vivo. Além disso, garante o direito à saúde e à assistência médica, paga pelo Estado, e Às condições para o sadio desenvolvimento, mesmo antes de nascer.
            É possível assinar o abaixo-assinado para a aprovação do estatuto, através do link promovido pelo Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil sem aborto, acessando: http://bit.ly/yI3kwf.

Fonte: Jornal Testemunho de Fé

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Família e vida: sobrevivência

Parte I

A preservação das espécies, tanto de animais como dos vegetais, ocupa um espaço político, econômico e cultural, cada dia mais amplo revelando assim a responsabilidade primária do ser humano, que é cuidar do planeta Terra, obra de Deus Criador. Por outro lado, nos tempos atuais existe uma distorção daquela chamada original feita pelo mesmo Criador do céu e da terra ao homem e à mulher. Ambos com igual dignidade e missão são chamados para trabalharem juntos na principal preservação dentro da Criação: preservar a comunhão de vida e de amor entre as pessoas, pois esta é a principal garantia de que toda a humanidade sobreviverá às ameaças de degradação moral periodicamente presentes.
Para que a humanidade corresponda a esse projeto original de Deus é necessário que exista a sobrevivência de uma particular comunhão de vida e de amor, que é a família. Constituída pela natural união entre o homem e a mulher, a família visa o bem comum dos esposos e dos filhos e, simultaneamente, o bem comum de todas pessoas que vivem em sociedade. Esta sobrevivência primordial tornou-se nos últimos tempos uma das principais preocupações e ocupações da Igreja Católica, de outras igrejas cristãs e mesmo de algumas religiões presentes no mundo.
Dentro da organização pastoral da Igreja Católica, coube ao Departamento Vida, Família e Juventude do Conselho Episcopal Latinoamericano (CELAM) e ao Pontifício Conselho para a Família em Roma, reunirem no mês de setembro, em San Martin, perto de Buenos Aires e na Cidade Eterna, respectivamente, um grupo de pessoas entre Bispos, sacerdotes, leigos e, sobretudo, pessoas casadas, para todos juntos descobrirem novos caminhos para assegurarem a sobrevivência da família.
Entre os dias 10 e 13 de setembro, na Argentina, os responsáveis pela Pastoral Familiar do Cone Sul estiveram reunidos para conhecerem mais profundamente a realidade cultural e social, que com suas sombras e luzes, fortalecem ou debilitam, promovem ou desafiam, a família nos tempos atuais.
Nessa reunião coordenada pelo CELAM preparou-se também o I Congresso Latinoamericano e Caribenho da Pastoral Familiar, que realizar-se-á no Panamá entre os dias 4 e 9 de agosto de 2014.