segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Natividade


A graça de Deus manifestou-se: eis o motivo porque o Natal é festa de luz. Não uma luz total, como aquela que envolve todas as coisas em pleno dia, mas um clarão que se acende na noite e se difunde a partir de um ponto concreto do universo: da gruta de Belém, onde o Deus Menino “veio à luz”. Na realidade, é Ele a própria luz que se propaga, como aparece bem representado em muitos quadros da Natividade. Ele é a luz que, ao manifestar-se, rompe a bruma, dissipa as trevas e nos permite compreender o sentido e o valor da nossa existência e da história. Cada presépio é um convite simples e eloqüente a abrir o coração e a mente ao mistério da vida. É um encontro com a Vida imortal, que Se fez mortal na mística cena do Natal, uma cena que podemos admirar em inumeráveis igrejas e capelas do mundo inteiro e em toda a casa onde é adorado o nome de Jesus. 

(Papa Bento XVI)

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Celebração em Família para a noite de Natal



Hoje, nasceu para nós o Salvador!

Todos se reúnem redor ou próximo da Mesa da Ceia e de um presépio, ou a imagem do Menino Jesus, tendo perto uma vela apagada.

Animador: Irmãos e irmãs, podemos nos alegrar e fazer festa, pois a Santíssima Trindade nos une no Amor e quer que nós vivamos em comunhão entre nós, por Amor. Por isso, com alegria, iniciemos nossa Celebração, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém. Bendita seja a Santíssima Trindade, presente em nós e no meio de nós.


Animador: É graça de Deus podermos estar aqui, reunidos, celebrando o Natal do Senhor entre nós, pois foi Ele mesmo quem disse: “Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles.”
Todos: Somos o seu povo reunido e Ele está no meio de nós!

Leitor 1: Supliquemos pela vinda da Luz. Que Ela possa iluminar toda a nossa Vida, para que nós andemos nos Caminhos da Paz e da Verdade.
Todos: Senhor, enviai vossa Luz e vossa Palavra, para que as trevas jamais dominem sobre nós.

A pessoa responsável pela casa acende a vela, que está perto do Menino Jesus, dizendo:
Responsável pela casa: Bendito sejas, Deus da Vida, por esta grande notícia: Hoje nasceu o Salvador do mundo!
Todos: Hoje uma luz brilhou para nós! Hoje nasceu nosso Deus e Senhor!

Então uma pessoa lê diretamente da Bíblia = Lc 2,1-14
Leitor 2: Proclamação do nascimento de Jesus Cristo, segundo o evangelista Lucas.

Após a leitura, ir passando a vela de mão em mão, em silêncio, enquanto todos vão meditando sobre o significado da Luz de Deus que brilha em nós graças o nascimento de Jesus. Ao final, coloca-se a vela perto do menino Jesus, e faz-se a seguinte reflexão:

Leitor 3: Na gruta de Belém, numa manjedoura repousa o recém-nascido Jesus no aconchego de Maria e José.
Mulheres: O clima é de suave alegria e profunda emoção. Maria conhece o mistério que ali acontece e mantém-se em atitude de contemplação.
Homens: Jesus é o Filho de Deus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, é a prova do amor de Deus por todas as pessoas.
Todos cantam:

Noite feliz! Noite feliz!
Ó Senhor, Deus de amor! / Pobrezinho nasceu em Belém.
Eis na lapa Jesus, nosso bem. //Dorme em paz, ó Jesus!//

Noite feliz! Noite feliz!
Ó Jesus, Deus da luz! / Quão afável é teu coração.
Que quiseste nascer nosso irmão. //E a nós todos salvar!//

Noite feliz! Noite feliz!
Eis que no ar vem cantar, / Aos pastores, os anjos do céu,
Anunciando a chegada de Deus. //De Jesus Salvador!//


Bênção da Ceia:
Leitor 4: Bendito sejas tu, Senhor, Deus da vida, que de forma admirável quiseste assumir nossa condição humana, tornando-nos filhos da luz.
Todos: Glória a Deus no mais alto dos céus.

Animador: Concede-nos a graça de caminharmos juntos, levando a todos a Boa-Nova de teu amado Filho. Revigorados pelo alimento, que nos das hoje e sempre, possamos continuar a obra que nos confiaste.
Todos: Glória a Deus no mais alto dos céus.

Deixar um tempo para que cada um faça sua oração e ao final:
Todos: Pai nosso... Ave Maria...

Animador: Como filhos e filhas do Deus da paz, saudemo-nos com um abraço fraterno, desejando-nos uns aos outros um Feliz Natal, sinalizando o nosso anseio de paz para nós e para o mundo inteiro.

Pe. Luis Gonzaga
Diocese de Santos/SP

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

10 Mandamentos para a Paz na Família


1. Tenha fé e viva a Palavra de Deus, amando o próximo como a si mesmo.

2. Ame-se, confie em si mesmo, em sua família e ajude a criar um ambiente de amor e paz ao seu redor.

3. Reserve momentos para brincar e se divertir com sua família, pois a criança aprende brincando, e a diversão aproxima as pessoas.

4. Eduque se filho através da conversa, do carinho e do apoio e tome cuidado: quem bate para ensinar está ensinando a bater.


5. Participe com sua família da vida da comunidade, evitando as más companhias e diversões que incentivem a violência.


6. Procure resolver os problemas com calma e aprenda com as situações difíceis, buscando em tudo o seu lado positivo.


7. Partilhe seus sentimentos com sinceridade, dizendo o que você pensa e ouvindo o que os outros têm para dizer.


8. Respeite as pessoas que pensam diferente de você, pois as diferenças são uma verdadeira riqueza para cada um e para o grupo.


9. Dê bons exemplos, pois a melhor palavra é o nosso jeito de ser.


10. Peça desculpas quando ofender alguém e perdoe de coração quando se sentir ofendido, pois o perdão é o maior gesto de amor que podemos demonstrar.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

IV Semana Batismal da Paróquia Santa Teresa de Jesus


A Paróquia Santa Teresa de Jesus de Coelho Neto convida para a IV SEMANA BATISMAL, que contará com palestras sobre diferentes temas: “As drogas na família do batizado”; “O Espírito Santo na vida do batizado”; “Do abandono ao resgate”, e um grande momento de meditação ao final.

Paróquia Santa Teresa de Jesus

Rua Macabú, nº 310 – Coelho Neto

Informações pelo telefone: 2471-6858

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Encontro de Formação de agentes da Pastoral do Batismo 2011

Foi realizado na Igreja de Sant'Ana, nos dias 01 e 08 de Outubro, Encontro de Formação para agentes da Pastoral do Batismo promovido pelo Vicariato Urbano, que foi aberto a participação de outros Vicariatos.

No encontro do dia 01, o Diácono Gilvan abordou o seguinte tema: "A Identidade do Agente da Pastoral do Batismo" e no encontro do dia 08 de outubro, quem ministrou foi a Maria da Glória (tia Glorinha) coordenadora do pré-catecumenato infantil do vicariato norte, que apresentou dinâmicas sobre o batismo e falou sobre "A Missão do Batizado".

Confira algumas fotos dos encontros:

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A Iniciação Cristã e a Vida Comunitária


(...) A evangelização nos dá a alegria do encontro com a Boa Nova da Ressurreição de Cristo. A maioria das pessoas procura angustiada a razão de sua vida e se coloca diante do Senhor com suas feridas e dificuldades.


Com o passar do tempo sente a necessidade de aprofundar a fé e participar concretamente de uma comunidade. (...)


A dinâmica do processo evangelizador começa com o despertar e suscitar da conversão, bem como a adesão na fé a Cristo, isto é, continua com o momento de estruturação e fundamentação da conversão, conduzindo-a à inserção plena do evangelizado na comunidade de discípulos missionários. Por isso, é necessário levar em consideração que existem ações que precedem a Iniciação Cristã e ações que são consequências dela. A Iniciação Cristã é, dessa forma, o elo necessário entre essas ações. Não é possível entender a Iniciação Cristã sem uma comunidade missionária que a origine, a realize e a leve à plenitude.


A vida cristã do catequizando é um dom destinado a crescer. O momento pastoral comunitário de educação permanente na fé se orienta e alimenta de modo contínuo o dom da comunhão e da missão. É claro que, para sair dessa encruzilhada na qual a catequese se encontra em muitas realidades que ainda não acordaram para a iniciação cristã, a educação da fé precisa assumir a dinamicidade e circularidade do processo evangelizador como princípio de renovação e de mudança.


Se o ponto de partida é uma ação missionária prévia, esta por sua vez, vai produzir comunidades mais vivas e dinâmicas, mas, para isso, é necessário que as comunidades maduras se lancem à missão e realizem adequadamente a tarefa de iniciação. Uma comunidade que faz da iniciação uma opção prioritária precisará despertar seu caráter missionário e renovar sua vida comunitária.


É na comunidade que acontece o processo catequético de Iniciação Cristã de adultos, jovens, adolescentes e crianças em idade própria. Esta preparação tem como meta a incorporação dessas pessoas como membros ativos do Corpo de Cristo, que é a Igreja. A comunidade cristã é o espaço para integrar a fé e a vida, mas é também lugar onde procuramos vivenciar e aprofundar a Palavra de Deus, a celebração eucarística e a prática da solidariedade do amor oblativo. Por fim, a catequese é um processo onde uma comunidade ajuda as pessoas a lerem sua própria vida e a discernirem sua vocação e o caminho que o Espírito Santo lhes indica.


Ao darmos esses passos que nos renovam em nossa vida cristã, trabalhemos para que a atividade evangelizadora e pastoral de nossas paróquias seja sempre mais aprofundada, e, com um bom trabalho pedagógico e uma vida de verdadeira conversão, encontremos os caminhos do seguimento radical de Cristo e o do anúncio alegre e feliz da Salvação a todas as pessoas.

Por Dom Orani João Tempesta
Arcebispo do Rio de Janeiro

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Encontro de Formação de Agentes da Pastoral do Batismo 2011

Encontro promovido pelo Vicariato Urbano, aberto a todos os outros.


Local: Igreja de Sant'Ana (Praça Cardeal Dom Sebastião Leme, 11 - Centro)


1º encontro: dia 01/10/2011, de 08h30 às 12h

Palestrante: Diácono Gilvan Francisco (Paróquia Nossa Senhora de Copacabana)


2º encontro: dia 08/10/2011, de 08h30 às 12h

Palestrante: Maria da Glória G. Louro Braga (coordenadora vicarial do pré-catecumenato infantil - Vicariato Norte)


Inscrições pelos telefones: 2265-1942 / 3903-8864 / 9316-9052

Falar com Néia

Ou pelo e-mail: mariocineiaflanklim@gmail.com


Traga uma gostosura para partilharmos no lanche.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Aprofundamento Anual do Batismo



Temas: “Batismo Porta da Iniciação à Vida Cristã” e “Missão de Jesus durante sua vida”

Abertura com a presença do bispo animador da Iniciação Cristã: D. Pedro Cunha Cruz

Dia 06 de agosto de 2011
Palestrante: Sonia Maria M. de Souza Cosentino

Dia 13 de agosto de 2011
Palestrante: Pe. Fábio Siqueira

Hora: 8:30 às 11:30 hs.
Local: Edifício João Paulo II (2º andar)
Rua Benjamim Constant, 23 - Glória

Inscrições: com os coordenadores vicariais no dia e no local das palestras.

Obs: O lanche será partilhado de acordo com o Vicariato:
Jacarepaguá, Sul e Urbano: refrigerante ou chocolate
Leopoldina, Norte, Oeste e Suburbano: doce ou salgado

terça-feira, 14 de junho de 2011

ENCONTROS DE FORMAÇÃO NO OESTE

A Pastoral do Batismo do Vicariato Oeste promoveu, nos dias 7 e 21 maio e 04 de junho, encontros de formação para os agentes de pastoral das foranias IV, V, VI e VII do Vicariato. O encontro aconteceu na Paróquia de Santana em Campo Grande e contou com um grande número de participantes que puderam refletir sobre os seguintes temas: Os Sacramentos da Iniciação Cristã, Batismo na economia da Salvação, A mistagogia da celebração e a graça do Batismo.

O próximo encontro de formação, que terá a participação das foranias I, II e III, acontecerá nos dias 18/06, 02 e 16 de julho na Paróquia São João Batista e Nossa Senhora das Graças, em Realengo.



sábado, 16 de abril de 2011

Vida Nova Batismal


Dom Orani João Tempesta - Arcebispo Metropolitano Durante o nosso itinerário batismal, chegamos ao anúncio de que viver a vida cristã é renascer, ter vida nova, sair do túmulo! A experiência cristã é justamente essa vida que brota do encontro com Cristo e que torna a pessoa discípula-missionária. A passagem do Evangelho do quinto domingo deste tempo favorável da Quaresma (cf. Jo 11,1-45) está entre tantas daquelas que mostram a força e a grandeza de Jesus; Ele está longe da aldeia de Marta, Maria e Lázaro, quando chega a notícia da morte de seu amigo. Jesus tinha muitos problemas na Judéia para voltar por causa das ameaças recebidas, mas, por causa do seu amigo, decidiu ir assim mesmo: Ele não se distancia do sofrimento e da tragédia da vida. Podemos pensar em quantas vezes nós não nos importamos com as pessoas, com seus problemas e suas dificuldades. Isso tanto nas questões cotidianas como no anúncio de uma Boa Notícia para aqueles que a esperam, como a terra seca e árida pedindo chuva. Muitos dos nossos, ainda hoje, muitas vezes querem ficar longe, ficar longe de tantos Lázaros enterrados e oprimidos. Talvez esses, como Marta, também se voltem para Jesus e lhe digam uma espécie de censura: "Se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido" É como dizer: "Se tu estivesses perto, Senhor, não teria acontecido essa desgraça", ou "Se você estivesse ao lado do povo, esses assassinatos não teriam ocorrido", e assim por diante. O Evangelho, de fato, nos diz que não é Jesus que está longe, mas os homens. E, às vezes, isso impede até mesmo de chegar perto de Jesus. Perguntemo-nos onde estamos, sim, enquanto milhões morrem de fome? Onde estamos, enquanto milhares de pessoas estão sozinhas e abandonadas em hospitais? Infelizmente nós, muitas vezes, estamos longe de nossos irmãos. Podemos estar falhando em anunciar essa proximidade do Senhor diante da vida e sofrimentos da pessoa. Porém, o Senhor está ali, próximo, e chora sobre seus amigos abandonados, como chorou por Lázaro. Isso vai acontecer com Ele em poucos dias, no Getsêmani, quando ficará sozinho e suará e derramará como gotas de sangue. Jesus fica sozinho na frente de Lázaro a esperar contra todas as probabilidades. Até mesmo as irmãs tentam dissuadi-lo, mas Ele quer abrir o túmulo. "Senhor, já cheira mal: está lá há quatro dias", diz Marta. Este texto vai, porém, muito mais longe: é o anuncio batismal que nos chama a uma nova vida. A vida no pecado e longe de Deus pode desencadear um desânimo, achando que nada tem mais jeito. Os que ainda não foram iluminados pelo batismo podem pensar que não vale a pena sair da situação em que se encontram. Muitos acham impossível alguém sair da situação podre de sua vida. É o grande anúncio batismal que está no centro da perícope deste domingo. O amor do Senhor não conhece limites, mesmo os de morte: quer o impossível. Esse túmulo, portanto, não é a última morada dos amigos de Jesus, por isso grita: "Lázaro, vem para fora". Um amigo ouve a voz de Jesus, exatamente como está escrito: "As ovelhas conhecem a sua voz". E, novamente, o bom pastor "chama as suas ovelhas, cada uma pelo nome e as conduz para fora" (Jo 10, 3). E agora o profeta Ezequiel tinha escrito: "Eis que eu abrirei as vossas sepulturas, e vos farei sair das vossas sepulturas, ó meu povo" (37, 12). Lázaro escuta, e sai. Jesus não fala a um morto, mas a um vivo, talvez para um que está dormindo, por isso grita. E convida os outros para desenrolarem as faixas em que o amigo encontra-se envolvido. Mas libertando Lázaro “morto” das faixas, Jesus liberta-nos, na verdade, cada um de nós do egoísmo, da frieza, da indiferença, da morte dos sentimentos. Temos necessidade de que outros nos ajudem em nosso itinerário b atismal, desenrolando as faixas que nos amarram. É justamente a figura da nova criatura que deve ressuscitar com Cristo. "Eu sou a ressurreição e a vida", disse o Senhor. No seu Evangelho, em seu corpo, a vida é ressuscitada. "Tirai a pedra". O Papa Bento XVI em sua mensagem quaresmal nos ensina que: “Quando, no quinto domingo, nos é proclamada a ressurreição de Lázaro, somos postos diante do último mistério da nossa existência: “Eu sou a ressurreição e a vida... Crês tu isto?” (Jo 11, 25-26). Para a comunidade cristã é o momento de depor com sinceridade, juntamente com Marta, toda a esperança em Jesus de Nazaré: “Sim, Senhor, creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo» (v. 27). A comunhão com Cristo nesta vida prepara-nos para superar o limite da morte, para viver sem fim n’Ele. A fé na ressurreição dos mortos, a esperança da vida eterna abrem o nosso olhar para o sentido derradeiro da nossa existência: Deus criou o homem para a ressurreição e para a vida, e esta verdade doa a dimensão autêntica e definitiva à história dos homens, à sua existência pessoal e ao seu viver social, à cultura, à política, à economia. Privado da luz da fé, todo o universo acaba por se fechar num sepulcro sem futuro, sem esperança. O percurso quaresmal encontra o seu cumprimento no Tríduo Pascal, particularmente na Grande Vigília na Noite Santa: renovando as promessas batismais, reafirmamos que Cristo é o Senhor da nossa vida, daquela vida que Deus nos comunicou quando renascemos “da água e do Espírito Santo”, e reconfirmamos o nosso firme compromisso em corresponder à ação da Graça para sermos seus discípulos”. Jesus abre o lugar da morte, Ele nos tira de nossas mortes, arranca-nos dos túmulos! É vida do batizado, do cristão que morre com Cristo e com Ele ressuscita! "Lázaro, vem para fora". Jesus chama a todos pelo nome. Assim é o nosso batismo; somos chamados pelo nome! O nome significa toda a vida de um homem. Ele defende-nos do mal. Seu amor é pessoal. Hoje, a amizade de Deus, que vemos refletida na amizade que Ele gera entre os homens, recorda a alegria dos corações em um mundo reduzido aos túmulos. Lázaro antecipa a Páscoa quando Jesus, o redentor do homem, traz a vida para os que creem n´Ele e nos chama a anunciá-Lo com alegria aos irmãos e irmãs de nosso tempo.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Nascer de Novo


O Evangelho de São João narra a conversa noturna de Cristo com Nicodemos (Jo 3, 1—1). Tendo ido ao encontro de Cristo, este membro do Sinédrio exprime a sua fé: «Rabbi, sabemos que vieste, como Mestre, da parte de Deus, pois ninguém pode fazer milagres que Tu fazes, se Deus não estiver com ele» (Jo 3, 2). Jesus responde- lhe: «Em verdade, em verdade te digo: Quem não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus» (Jo 3, 3). Nicodemos pergunta-Lhe: «Como pode nascer um homem sendo velho? Poderá entrar pela segunda vez no seio de sua mãe e voltar a nascer?» (Jo 3, 4). Jesus responde: «Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus. O que nasceu da carne é carne, e o que nasceu do Espírito é espírito » (Jo 3, 5-6).

Jesus faz com que Nicodemos passe das realidades visíveis às invisíveis. Cada um de nós nasceu de um homem e de uma mulher, dum pai e duma mãe; este nascimento é o ponto de partida de toda a nossa existência. Nicodemos pensa nesta realidade natural. Ao contrário, Cristo veio ao mundo para revelar outro nascimento, o nascimento espiritual. Quando professamos a nossa fé, dizemos quem é Cristo: «Creio num só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por Ele todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para a nossa salvação, desceu dos céus e encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria e Se fez homem. Sim, jovens, meus amigos, o Filho de Deus também Se fez homem por vós, por cada um de vós!

4. «Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus» (Jo 3, 5). Deste modo, para entrar no Reino, o homem deve nascer de novo, não segundo as leis da carne, mas segundo o Espírito. O batismo é precisamente o sacramento deste nascimento. O Apóstolo Paulo explica-o em profundidade, na passagem da Carta aos Romanos que acabamos de escutar: «Ignorais, porventura, que todos nós, que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na Sua morte? Pelo batismo sepultamo-nos juntamente com Ele, para que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos, mediante a glória do Pai, assim caminhemos nós também numa vida nova» (Rm 6, 3-4). O Apóstolo oferece-nos aqui o sentido do novo nascimento; mostra porque o sacramento do batismo se realiza pela imersão na água. Não se trata duma imersão simbólica na vida de Deus. O batismo é o sinal concreto e eficaz da imersão na morte e na ressurreição de Cristo. Compreendemos, então, porque a tradição ligou o batismo à Vigília pascal. É neste dia, e sobretudo nesta noite, que a Igreja revive a morte de Cristo, que a Igreja inteira é tomada no cataclismo desta morte, da qual surgirá uma vida nova. A vigília, no sentido próprio da palavra, é então a expectativa: a Igreja espera a ressurreição, espera a vida que será a vitória sobre a morte e levará o homem a esta vida.

A toda a pessoa que recebe o batismo é dado participar na ressurreição de Cristo. São Paulo retorna muitas vezes a este tema que resume o essencial do verdadeiro sentido do batismo. Ele escreve: «Uma vez que nos tornamos com Ele num mesmo ser por uma morte semelhante à Sua, também o seremos por uma ressurreição semelhante» (Rm 6, 5). E também: «Sabemos todos que o velho homem foi crucificado com Ele, para que o corpo do pecado fosse destruído, a fim de já não sermos escravos do pecado. Na verdade, aquele que morreu está absolvido do pecado. Se morrermos em Cristo, com Ele também havemos de viver, pois sabemos que Cristo, ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte já não tem domínio sobre Ele. Porque, quanto a Ele, morreu pelo pecado, morreu uma só vez; mas a Sua vida é uma vida para Deus. Do mesmo modo, vós também considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Jesus Cristo» (Rm 6, 6-11). Com Paulo, queridos jovens, vós dizeis ao mundo: a nossa esperança é firme; por Cristo, vivemos para Deus. (...) 22 de Agosto de 1997

(XII JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE
TRECHO DA MEDITAÇÃO DO PAPA DURANTE
A «VIGÍLIA BATISMAL»
COM OS JOVENS EM «LONGCHAMPS», PARIS)