quarta-feira, 22 de agosto de 2018
sexta-feira, 10 de agosto de 2018
Semana Nacional da Família prepara Igreja no Brasil para Encontro Mundial com o Papa
Neste ano, a Semana Nacional da Família,
promovida pela Igreja no Brasil para a valorização das famílias, terá
também o objetivo de preparar os fiéis para o Encontro Mundial que acontecerá
na Irlanda com o Papa Francisco.
A Semana Nacional da Família terá início no
próximo domingo, 12 de agosto, Dia dos Pais, e seguirá até o dia 18 de agosto,
sendo celebrada em todo o país, promovida pela Comissão Nacional da Pastoral
Familiar (CNPF) e Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a
Família, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
O tema deste ano será “O evangelho da
Família, alegria para o mundo”, o mesmo do IX Encontro Mundial das Famílias com
o Papa Francisco, que acontecerá em Dublin, Irlanda, entre os dias 22 e 26 de
agosto.
“O ‘Evangelho da Família’ ressalta o lado
positivo da família, a família como boa notícia, como um bem, um dom de Deus”,
indicou o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da
CNBB e Bispo de Osasco (SP), Dom João Bosco Barbosa de Sousa.
“‘Alegria para o mundo’ acentua o fato de que
ser família não é um aspecto da doutrina, um valor apenas para os cristãos ou
para as pessoas religiosas. É uma riqueza para o mundo, para a humanidade
toda”, assinalou.
Por sua vez, o assessor nacional da Comissão
Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, Pe. Jorge Filho, explicou
que, “motivados pelo tema do IX Encontro Mundial das Famílias, queremos, juntos
com o Papa, nos empenhar para anunciarmos o Evangelho da Família que deve ser a
alegria para o mundo”.
O Encontro Mundial das Famílias foi
idealizado por São João Paulo II em 1992 e acontece a cada três anos, com
objetivo de “celebrar o dom divino da família” e aprofundar a “compreensão da
família cristã como Igreja doméstica e unidade básica de evangelização”.
Neste ano, além das famílias brasileiras que
se inscreveram para o evento, o Brasil estará também representado pelo
presidente da Comissão para a Vida e Família da CNBB, Dom João Bosco Barbosa de
Sousa, pelo assessor nacional da comissão, Pe. Jorge Alves Filho, e pelo casal
coordenador nacional da Pastoral Familiar, Luiz Zilfredo Stolf e Carmen
Rodrigues Stolf.
“Esperamos que esse encontro reforce o
trabalho de evangelização que vem sendo realizado pela Pastoral Familiar,
esclareça questões, chame a atenção do mundo para a importância da família,
construída segundo a vontade de Deus, pois só assim ela pode ser alegria para o
mundo”, concluiu Dom Bosco.
Fonte:
https://www.acidigital.com/noticias/semana-nacional-da-familia-prepara-igreja-no-brasil-para-encontro-mundial-com-o-papa-98461
Catequese II: As famílias à luz da Palavra de Deus
A Sagrada Família com suas
vicissitudes ensina-nos a todos que a Palavra de Deus não é uma transmissão de
verdades religiosas ou uma catequese ou um ensinamento de normas morais para
serem postas em prática; A Palavra é uma relação viva e profunda com Deus que
se torna história na vida de cada família.
"Ajudai,
ó Mãe, a nossa fé. Abri o nosso ouvido à Palavra, para reconhecermos a voz de
Deus e a sua chamada. Despertai em nós o desejo de seguir os seus passos,
saindo da nossa terra e acolhendo a sua promessa. Ajudai-nos a deixar-nos tocar
pelo seu amor, para podermos tocá-Lo com a fé. Ajudai-nos a confiar-nos
plenamente a Ele, a crer no seu amor, sobretudo nos momentos de tribulação e
cruz, quando a nossa fé é chamada a amadurecer. Semeai, na nossa fé, a alegria
do Ressuscitado. Recordai-nos que quem crê nunca está sozinho. Ensinai-nos a
ver com os olhos de Jesus, para que Ele seja luz no nosso caminho. E que esta
luz da fé cresça sempre em nós até chegar aquele dia sem ocaso que é o próprio
Cristo, vosso Filho, nosso Senhor!" (Papa Francisco, Encíclica Lumen
fidei 29 de junho de 2013)
O ícone evangélico que é o pano de fundo
dessas catequeses imediatamente nos torna conscientes do significado religioso
da Sagrada Família de Nazaré. Enquanto lemos no Evangelho de Lucas, todos os
anos, pontualmente para a festa da Páscoa, José e Maria com Jesus vão ao templo
de Jerusalém para cumprirem juntos, seu ato de fé. Estamos diante de uma
família em que todos os membros, pai, mãe e filho, juntos realizam uma longa
jornada, com todas as dificuldades e os imprevistos do tempo (tanto que, no
caminho de volta, Jesus se perdeu), para comemorar seu ato de ação de graças
pascal a Deus pela libertação que Ele trouxe para o povo de Israel da
escravidão no Egito. É uma família que, ao lembrar o amor salvador de Deus, a
torna viva e ativa no presente em vista de um futuro em que a fidelidade divina
dará plenitude e satisfação à Sua promessa.
A peregrinação não é apenas um simples ato
devocional e religioso que faz parte das tradições do próprio povo. Certamente,
não é uma novidade ver as famílias completas de cada membro participar de
festas religiosas que chamam a atenção de comunidades inteiras, como a festa do
Padroeiro ou os eventos religiosos que caracterizam algumas culturas em seu
viver, os tempos fortes do ano litúrgico, especialmente o Natal, a Semana Santa
e a Páscoa.
O que a Sagrada Família faz não é apenas um
ato tradicional, mas algo que revela um importante “background” do qual estamos
conscientes através dos mesmos relatos evangélicos anteriores a narração desse
episódio. Tanto Maria quanto José são desafiados por uma Palavra que, vindo do
Alto de um modo inesperado e 2 surpreendente, provoca uma resposta de fé. A
leitura inexperiente dos dois relatos evangélicos, a de Lucas sobre Maria e a
de Mateus sobre José, nem sempre faz compreender a adesão total da fé dos dois
ao misterioso projeto divino. Muitas vezes, damos por certo e óbvio a aparição
do anjo a Maria em sua casa em Nazaré e a José no sonho, e nos parece normal
que os dois deem o seu consentimento.
segunda-feira, 6 de agosto de 2018
"As famílias de hoje": I Catequese preparatória ao IX Encontro Mundial das Famílias
A organização do IX Encontro
Mundial das Famílias elaborou uma série de catequeses preparatórias ao grande
evento que se realizará em Dublin, de 21 a 26 de agosto, que iremos repropor
nestes dias.
O tema da Primeira Catequese
é "As famílias de hoje"
"Filho, por que agiste assim conosco?
Olha, teu pai e eu estávamos angustiados, á tua procura". (Lc 2,48) Maria,
mulher da escuta, abre os nossos ouvidos; faz com que saibamos ouvir a Palavra
do teu filho Jesus entre as mil palavras deste mundo; faz com que saibamos
ouvir a realidade em que vivemos, cada pessoa que encontrarmos, especialmente
aquela que é pobre, necessitada, em dificuldade. Maria, mulher da decisão,
ilumina a nossa mente e o nosso coração,para que saibamos obedecer a Palavra do
teu Filho Jesus, sem hesitação;Dá-nos a coragem da decisão, para não nos deixar
arrastar para que outros orientem nossa vida. Maria, mulher de ação, faz com
que as nossas mãos e pés se movem “com pressa” para os outros,para levar a
caridade e o amor do teu Filho Jesus,para levar, como você, a luz do Evangelho
ao mundo. Amém. Papa Francisco, Praça São Pedro 31 de maio de 2013)
Os Evangelhos nos narram poucas histórias
sobre os acontecimentos da Sagrada Família de Nazaré. Muito é deixado ao nosso
imaginário, considerando que foram cerca de trinta anos em que Jesus viveu em
Nazaré com os seus. Os poucos episódios transmitidos tornaram-se fundamentais
para compreender o mistério desta família.
A única história que nos apresenta Jesus aos
doze anos (naquela época, a idade não era apenas de um menino, mas de uma
pessoa que atingiu recentemente a idade da maturidade) que interage com seus
pais, está no Evangelho de Lucas e é assim dita a história da "descoberta
de Jesus no templo para discutir com os doutores da lei".
Nós certamente esperamos a narração de uma
página idílica da Sagrada Família, um pouco como a dos comerciais, em que todos
os membros da família são lindos, sempre sorridentes e brilhantes, em total e
absoluto entendimento mútuo, no entanto, com a nossa grande maravilha, o
Evangelho nos dá outra história. Para usar um termo muito na moda hoje, a
Família de Nazaré "entra em crise".
sexta-feira, 3 de agosto de 2018
Por quem os sinos dobram
Perante o Supremo Tribunal Federal, a ADPF
442 pretende descriminalizar o aborto até 12 semanas de gestação.
Neste dia 2 de agosto, todas as igrejas
católicas do Estado do Rio de Janeiro estão soando sinos, em clamor de uma só
voz. No dia 3, inicia-se audiência pública no STF sobre esse candente tema.
A ADPF 442 pretende deslocar o debate cidadão
sobre o assassinato via aborto do Congresso para o Tribunal, quando tribunais
não são criados para elaborar leis. Ela encerra um pedido impossível, que é
retirar do Parlamento a prerrogativa de ouvir o povo e legislar, e transferi-la
ao Supremo, que deve guardar a Constituição e as leis, e não revogá-las.
O procedimento adotado pela Corte Suprema
permitirá que a iminente audiência pública, se não for adiada, leve à falsa
impressão de que a cultura da morte de inocentes indefesos deitou raízes
majoritárias no Brasil. O volume de falas é desproporcional: 29 expositores
pró-aborto escalados, sendo que até vozes estrangeiras pró-morte terão vez. Por
outro lado, menos da metade dos admitidos a falar são instituições brasileiras
pró-vida, em iníqua disparidade de armas, incompatível com a igualdade e a
democracia.
Em debate, a obra do Constituinte pela
dignidade e inviolabilidade da vida humana, desde a concepção até a morte
natural, como decorre da Biologia. Tema relevante para a sociedade brasileira,
o Congresso Nacional já rejeitou expressamente o aborto, tão condenado em
recentes debates na Casa.
Em respeito à vontade do povo, diante até do
renovado Congresso que será eleito, recomenda-se aguardar novos debates sobre a
vida e o aborto. A vida frágil no seu começo e fim reclama proteção.
Na véspera da audiência no STF, por quem os
sinos dobram? Os sinos dobram pelas vidas inocentes e indefesas da nação
brasileira.
José
Marcos Domingues é presidente da União dos Juristas Católicos do Rio de Janeiro
Fonte: https://oglobo.globo.com/opiniao/por-quem-os-sinos-dobram-22943005?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign=compartilhar
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