Na audiência geral do dia 29 de abril,
realizada na Praça São Pedro, no Vaticano, o Papa Francisco abordou novamente
sobre a família, centralizando a sua atenção sobre o matrimônio.
O Papa destacou que a presença de Jesus nas
Bodas de Caná revela de modo novo a bondade e dignidade do matrimônio aos olhos
de Deus. Trata-se de uma mensagem cuja vigência é mais atual do que nunca,
precisamente nestes momentos em que muitos países aumentam as separações e
diminui o número de matrimônios.
“A dificuldade de permanecer juntos – seja como
casal, seja como família – leva a romper os laços com sempre maior frequência e
rapidez, e precisamente os filhos são os primeiros a sofrer as consequências.
Se você experimenta desde criança que o casamento é uma ligação ‘a tempo
indeterminado’, inconscientemente você vai ser assim. De fato, muitos jovens
são levados a desistir do projeto de um vínculo irrevogável e de uma família
duradoura”.
Francisco disse: “E isto nos faz recordar o
livro de Gênesis, quando Deus termina a obra da criação e realiza sua
obra-prima; a obra-prima é o homem e a mulher. E aqui Jesus começa os seus
milagres com esta obra-prima em um casamento, em uma festa de núpcias: um homem
e uma mulher. Assim Jesus nos ensina que a obra-prima da sociedade é a família:
o homem e a mulher que se amam! Esta é a obra-prima”.
Creio que nós – continuou Francisco – precisamos
pensar seriamente sobre por que muitos jovens “não querem” se casar, apesar de
quase todos desejarem uma segurança afetiva estável e um matrimônio sólido.
As dificuldades não são apenas de caráter
econômico, apesar de serem verdadeiramente sérias. Muitos afirmam que a mudança
que a mudança ocorrida nestes últimos decênios teve início com a emancipação da
mulher. Isso não é um argumento válido, é uma forma de machismo, afirmou o
Pontífice.
Solidez
“Na realidade, quase todos os homens
e mulheres sonham com uma segurança afetiva estável, um matrimônio sólido e uma
família feliz. A família aparece em cima das preferências dos jovens, mas com
medo de falir, muitos a descartam; e este medo de falir é talvez o maior
obstáculo para aceitar a palavra de Cristo, que promete a sua graça à união
conjugal e à família”.
O Papa recordou que em Caná, Jesus
não só participou nas Bodas, mas salvou a festa com o milagre do vinho e
reafirmou:
“Os cristãos quando se casam ‘no
Senhor’ são transformados num sinal eficaz e duradouro do amor de Deus: o
matrimônio é uma festa que se renova nas sucessivas estações da vida dos
esposos. O testemunho mais persuasivo da bênção do matrimônio cristão é a vida
boa dos esposos cristãos e da família. Não há modo melhor para manifestar a
beleza deste sacramento”.
Fonte:
Jornal Testemunho de Fé – pág. 20