terça-feira, 6 de maio de 2014

Marcha da vida em Copacabana

“Nesta tarde em Copacabana, local que foi palco da Jornada Mundial da Juventude, nós realizamos essa marcha para sinalizar que a vida é o tesouro da humanidade”, disse o bispo auxiliar e presidente da Comissão Arquidiocesana de Promoção e Defesa da Vida, Dom Antonio Augusto Dias Duarte, durante a 2ª Marcha pela Vida, que aconteceu na tarde do dia 4 de maio, e seguiu do Posto 6, na Praia de Copacabana, até a Praça do Lido, no Leme.
O evento, realizado e coordenado pelo Movimento Nacional da Cidadania pela Vida - Brasil sem Aborto, reuniu milhares de pessoas de todas as idades que acreditam que a vida humana é um direito a ser preservado. Mães de vítimas da tragédia na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, participaram da marcha. Estavam presentes lideranças pró-vida, artistas e representantes de diferentes religiões.
A coordenadora estadual do movimento, Maria José da Silva, destacou a importância da união de todos em prol de um direito primário, uma causa básica para a sobrevivência da humanidade.  “Lutamos por um bem maior que é a vida humana, um direito que deve ser preservado, como nos garante a Constituição. Somos contra todo e qualquer tipo de crime contra a vida”, disse.
Durante a marcha foram distribuídas réplicas de um bebê com 12 semanas de gestação e coletadas assinaturas para a aprovação do Estatuto do Nascituro (PL 478/07), que garante o direito à vida desde a concepção, e para a aprovação do Projeto de Lei 416/2011, que tramita no Estado do Rio de Janeiro, para prevenção do aborto e abandono de incapaz.

“As pessoas que estão aqui representam mais de 90% da população brasileira que é contra o aborto e a favor da vida. Nós lutamos por aqueles que não têm voz para lutar. Como um país tem coragem de lutar por qualquer direito se não luta pela vida, pelo direito daqueles que querem nascer? A gente só deve lutar por qualquer direito, habitacional ou social, se de fato defender a vida em plenitude. Por isso estamos aqui”, afirmou o deputado estadual Márcio Pacheco, que é coautor do projeto 416/2011.
O projeto estadual estabelece também a criação de Casas de Apoio à Vida e pretende prestar apoio às mulheres com dificuldades econômicas e sociais, para que possam ter seus filhos com dignidade.
‘Obrigada, meu filho nasceu! Eu não abortei’
“A vida é um dom divino, que por ser dado por Deus só pode ser retirado por Ele. Precisamos reconhecer isso vendo a glória de Deus em cada criatura. Se as pessoas olhassem a vida dessa maneira, ninguém mataria ninguém”, afirmou a cantora e líder pró-vida, Elba Ramalho.
Segundo ela, o trabalho desenvolvido já ajudou a salvar a vida de inúmeros bebês.
“Ver algumas dessas crianças aqui hoje me dá uma alegria enorme. Recebo muitas mensagens de mães agradecidas por ter desistido de abortar. Elas escrevem: ‘Meu filho nasceu! Eu não abortei. Obrigada’ ”, festejou Elba.
O movimento pró-vida busca especialmente informar as mães sobre a síndrome pós-aborto, porque muitas mulheres entram em depressão profunda.
“Sou procurada por muitas mulheres desesperadas e arrependidas por terem abortado. Elas tentam consertar aquilo que não dá para ser consertado, porque o aborto é algo definitivo. Acho que não pode haver paz no mundo enquanto existir essa guerra no ventre das mães. Se o ventre das mães tivesse paz o mundo conquistaria a paz. Como já disse a beata Madre Teresa de Calcutá, ‘como é possível dizer para uma pessoa não matar outra pessoa se é permitido uma mãe matar o filho no próprio ventre’ ”, alertou a cantora.
União pela vida
“Defender a vida é o nosso dever. Por isso eu vim aqui hoje, porque não fui abortada. Tive a graça de nascer e preciso dar a oportunidade para que as outras pessoas também possam nascer”, resumiu Raquel dos Reis, postulante da Comunidade Shalom.
A pastora e advogada Damares Alves motivou os presentes a proclamarem a mensagem: “Vida sim, aborto não”. “Não ficaremos em silêncio. Há um povo cristão nesse país que defende a vida”, garantiu.
 “Eu sou contra o aborto, defendo a vida. Acho que deveríamos falar e agir mais, demostrar publicamente o que acreditamos ser correto”, disse Asafh dos Santos Silva Camilo, da Comunidade Evangélica Exército e Vida.
Crianças salvas do aborto participaram da marcha
“Eu quero que as mães não abortem nunca, quero que pare o aborto. Viver é muito bom”, afirmou Taísa dos Santos, de 12 anos, que é uma das crianças salvas do aborto por meio do trabalho desenvolvido pelo Grupo Pró-Vida de Nilópolis, fundado por Dóris Hipólito.
Na Marcha estavam presentes oito gestantes e 18 crianças atendidas pela Casa da Mãe Gestante. “A maioria das mães atendidas são vítimas de violência. Nós oferecemos cursos profissionalizantes e as crianças participam das aulas de informática”, afirmou Dóris.
Na marcha, o grupo acompanhava a imagem de Nossa Senhora de Fátima, trazida pelos fiéis da Capela Sagrado Coração de Jesus, da Paróquia Santa Cecília, em Brás de Pina. A imagem peregrina visita as pessoas que não podem participar das orações na igreja. Os fiéis se reúnem nas casas há 28 anos para a Oração do Terço.

Fonte: www.arqrio.org

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