Em último dia de sua
passagem por Cuba, Papa Francisco enalteceu a família como escola da
humanidade
Em seu
último dia de visita pastoral a Cuba, o Papa Francisco se encontrou com as
famílias cubanas na Catedral de Nossa Senhora da Assunção, nesta terça, 22, na
cidade de Santiago. Em seu discurso, o Pontífice agradeceu o
acolhimento que recebeu em sua passagem pelo arquipélago, enaltecendo que
se sentiu em casa durante estes dias.
“Concluir a
minha visita vivendo este encontro em família é motivo para agradecer a Deus
pelo ‘calor’ que brota de gente que sabe receber, que sabe acolher, que sabe
fazer sentir-se em
casa. Obrigado !”, disse Francisco.
Papa
Francisco iniciou o seu discurso agradecendo a coragem de um casal que testemunhou
para todos os presentes “os seus anseios e esforços para viver no lar como uma
‘Igreja doméstica’”.
“A comunidade cristã designa as famílias pelo
nome de igrejas domésticas, porque é no calor do lar onde a fé permeia cada
canto, ilumina cada espaço, constrói comunidade; porque foi em momentos assim
que as pessoas começaram a descobrir o amor concreto e operante de Deus”,
explicou o Papa.
Utilizando-se
do Evangelho de São João na passagem bíblica das bodas de Caná, e também a
relação de amizade de Jesus com Lázaro, Marta e Maria, o Santo Padre
exemplificou sobre a importância do ambiente familiar e das relações de amor e
afeto que se formam.
“Jesus
escolhe estes momentos para nos mostrar o amor de Deus, Jesus escolhe estes
espaços para entrar nas nossas casas e ajudar-nos a descobrir o Espírito vivo e
atuante nas nossas realidades cotidianas. É em casa onde aprendemos a
fraternidade, a solidariedade, o não ser prepotentes. É em casa onde aprendemos
a receber e agradecer a vida como uma bênção, e aprendemos que cada um precisa
dos outros para seguir em frente. É em casa onde experimentamos o perdão, e
somos continuamente convidados a perdoar, a deixarmo-nos transformar. Em casa,
não há lugar para ‘máscaras': somos aquilo que somos e, de uma forma ou de
outra, somos convidados a procurar o melhor para os outros”, ressaltou o Papa.
Família, escola da
humanidade
Em seu
discurso, o Pontífice ressaltou que a família, em muitas culturas, está
deixando desaparecer os encontros e as festas familiares. “Sem família,
sem o calor do lar, a vida torna-se vazia; começam a faltar as redes que nos
sustentam na adversidade, alimentam na vida quotidiana e motivam na luta pela
prosperidade”, exortou.
“A família
é escola da humanidade, que ensina a pôr o coração aberto às necessidades dos
outros, a estar atento à vida dos demais. Apesar de tantas dificuldades que
afligem hoje as nossas famílias, não nos esqueçamos, por favor, disto: as
famílias não são um problema, são sobretudo uma oportunidade; uma oportunidade
que temos de cuidar, proteger, acompanhar”, afirmou o Santo Padre.
Segundo o
Papa, quando formos questionados sobre o futuro da crianças, e que tipo de
sociedade queremos deixar para elas, devemos responder que é um lugar que
exista a presença das famílias.
“É certo
que não existe a família perfeita, não existem esposos perfeitos, pais
perfeitos nem filhos perfeitos, mas isso não impede que sejam a resposta para o
amanhã. Deus incentiva-nos ao amor, e o amor sempre se compromete com as
pessoas que ama. Portanto, cuidemos das nossas famílias, verdadeiras escolas do
amanhã”, aconselhou o Pontífice.
Após o
discurso, Papa Francisco, se dirigiu a parte externa da catedral de Nossa
Senhora da Assunção para saudar os fiéis que o aguardavam com palavras de amor
e saudação para as famílias.
Foto: Reprodução CTV
Fonte: http://papa.cancaonova.com/em-cuba-papa-francisco-encerra-viagem-com-discurso-para-as-familias/
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