segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Celebração da vida

A Semana da Vida na Arquidiocese do Rio de Janeiro, promovida pela Comissão de Promoção e Defesa da Vida, foi comemorada de 1º a 8 de outubro com várias atividades e atitudes concretas em favor de pessoas em situação de grande fragilidade, como mulheres marginalizadas, portadoras de deficiências, em situação de rua e enfermas desamparadas.

Abertura
O bispo auxiliar Dom Antonio Augusto Dias Duarte abriu a Semana da Vida, no dia 1º de outubro, com missa realizada na Capela Nossa Senhora Aparecida, aos pés do Cristo Redentor, no Corcovado. Concelebrada pelo vigário episcopal do Vicariato Norte, padre Cláudio dos Santos, a missa contou com a presença de integrantes do Movimento em Defesa da Vida e do Instituto Eu Defendo, secretárias paroquiais e da cantora Elba Ramalho.

Dia de reflexão e testemunhos
Foi realizado em 4 de outubro, dentro da programação da Semana da Vida, um dia de reflexão e testemunhos, na Igreja São João Batista, em Botafogo.

Confiar em Deus
O evento foi aberto com o depoimento do jovem casal Andréa Ferrari e Pedro Zuazo, casados há quase um ano, e esperando seu primeiro bebê, Luiza.
Eles relataram que, diante da notícia da gravidez, muitos lhes perguntavam por que não esperaram mais tempo para começar a ter filhos, o que, naquele momento, trouxe para eles um misto de alegria e desconforto. Foi então que decidiram, em suas próprias palavras:
“Inverter a lógica, nesta ordem: confiar em Deus, começar uma família, experimentar e arriscar sem medo”.

Planejamentos
O casal Suzana e Wagner Oliveira, que tinha planejado ter dois meninos e duas meninas, até agora teve quatro meninos. A criançada estava toda lá, à volta dos pais, andando de um lado para o outro, feliz da vida. Marido e mulher nos falaram de pelo menos três vantagens de ter uma família grande: ela obriga a depender mais de Deus, facilita a educação, já que todos precisam conviver com as qualidades e defeitos uns dos outros, e todos se sentem úteis, porque precisam ajudar-se mutuamente. “Quem planeja muito se frustra”, disse Wagner.

Abertos à vida
O casal Áurea e Carlos Favilla revelou que nunca definiu quantos filhos queria ter. Tiveram um menino e duas meninas. “A forma mais simples de viver o Evangelho de Cristo é estar aberto à vida, é fazer a vontade de Deus”, disse Carlos.

“Tudo vai dar certo”
A irmã Caroline Shaefer, da Obra da Misericórdia, explicou que trabalha no Rio de Janeiro com mulheres marginalizadas, a maioria das quais sequer considera-se pessoa, mas tão somente mero objeto. Ela inquietou os presentes com a frase: “Sabemos que a vida é um dom de Deus, mas não vivemos como se soubéssemos disso”.
Disse que quando as mulheres marginalizadas engravidam, os voluntários da associação não dizem que “tudo vai dar certo”, já que as dificuldades são tantas, mas imitam Maria, que simplesmente estava presente, contemplava tudo em silêncio, e tinha a certeza da ressurreição.
Fé e luz
Marcela Lamonica Rego falou sobre a promoção humana das pessoas portadoras de deficiência intelectual, no escopo do trabalho do Movimento Fé e Luz. Criado em 1971, através de uma peregrinação ao Santuário de Lourdes, na França, durante a Páscoa, hoje o movimento presente em muitos países tem o objetivo de criar laços entre familiares e amigos de pessoas com deficiência intelectual.

Samaritanos
Como bons samaritanos, os voluntários da Comunidade Católica Maranathá oferecem apoio espiritual e técnico a pessoas de 18 a 59 anos que sofrem com a dependência química. A comunidade, explicou Alexandre Machado Duque, apoia-se no tripé oração, trabalho e intervenção técnica, às vezes com a ajuda de medicamentos.
“O dependente químico é o Cristo desfigurado na pessoa do nosso próximo, que tem uma história”, frisou.

Moradores de rua
Helena Gomes das Chagas, da Pastoral da População em Situação de Rua, do Vicariato Sul, revelou que existem pessoas que estão nas ruas há décadas e nunca viveram em uma casa. Ela convidou os participantes para gestos concretos e de reivindicação junto às autoridades políticas, com apresentação de projetos de promoção humana com a população de rua.

Pastoral da Saúde
O médico Antonio Carlos Babo Rodrigues, da Pastoral da Saúde do Vicariato Leopoldina, falou sobre a promoção humana das pessoas enfermas desamparadas. O trabalho mais frequente são visitas a pessoas doentes em hospitais ou em suas casas.
Ele revelou que o melhor trabalho que se pode fazer, como agentes da Pastoral da Saúde, é ouvir os doentes, nas suas dificuldades e sofrimentos.
“Devemos procurar os doentes com o objetivo de escutá-los. É a melhor evangelização. Quando eles querem ouvir a Palavra de Deus e comungar, então providenciamos tudo”, explicou.

Dia do Nascituro
A Semana da Vida encerrou no dia 8 de outubro, com missa celebrada pelo padre Omar Cardoso, na Igreja Nossa Senhora do Parto, no Centro, onde se comemorou o Dia do Nascituro.
A missa contou com representantes dos vários grupos que compõem a Comissão de Promoção e Defesa da Vida da arquidiocese, agentes da Pastoral Familiar e mulheres assistidas pelo Centro Social Nossa Senhora do Parto.

Fonte: arqrio.org

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