A
Semana da Vida na Arquidiocese do Rio de Janeiro, promovida pela Comissão de
Promoção e Defesa da Vida, foi comemorada de 1º a 8 de outubro com várias
atividades e atitudes concretas em favor de pessoas em situação de grande
fragilidade, como mulheres marginalizadas, portadoras de deficiências, em
situação de rua e enfermas desamparadas.
Abertura
O bispo auxiliar Dom Antonio Augusto Dias
Duarte abriu a Semana da Vida, no dia 1º de outubro, com missa realizada na
Capela Nossa Senhora Aparecida, aos pés do Cristo Redentor, no Corcovado.
Concelebrada pelo vigário episcopal do Vicariato Norte, padre Cláudio dos
Santos, a missa contou com a presença de integrantes do Movimento em Defesa da
Vida e do Instituto Eu Defendo, secretárias paroquiais e da cantora Elba
Ramalho.
Dia de reflexão e
testemunhos
Foi realizado em 4 de outubro, dentro da programação
da Semana da Vida, um dia de reflexão e testemunhos, na Igreja São João
Batista, em Botafogo.
Confiar em Deus
O evento foi aberto com o depoimento do jovem
casal Andréa Ferrari e Pedro Zuazo, casados há quase um ano, e esperando seu
primeiro bebê, Luiza.
Eles relataram que, diante da notícia da
gravidez, muitos lhes perguntavam por que não esperaram mais tempo para começar
a ter filhos, o que, naquele momento, trouxe para eles um misto de alegria e
desconforto. Foi então que decidiram, em suas próprias palavras:
“Inverter a lógica, nesta ordem: confiar em
Deus, começar uma família, experimentar e arriscar sem medo”.
Planejamentos
O casal Suzana e Wagner Oliveira, que tinha
planejado ter dois meninos e duas meninas, até agora teve quatro meninos. A criançada
estava toda lá, à volta dos pais, andando de um lado para o outro, feliz da
vida. Marido e mulher nos falaram de pelo menos três vantagens de ter uma
família grande: ela obriga a depender mais de Deus, facilita a educação, já que
todos precisam conviver com as qualidades e defeitos uns dos outros, e todos se
sentem úteis, porque precisam ajudar-se mutuamente. “Quem planeja muito se
frustra”, disse Wagner.
Abertos à vida
O casal Áurea e Carlos Favilla revelou que
nunca definiu quantos filhos queria ter. Tiveram um menino e duas meninas. “A
forma mais simples de viver o Evangelho de Cristo é estar aberto à vida, é
fazer a vontade de Deus”, disse Carlos.
“Tudo vai dar certo”
A irmã Caroline Shaefer, da Obra da
Misericórdia, explicou que trabalha no Rio de Janeiro com mulheres
marginalizadas, a maioria das quais sequer considera-se pessoa, mas tão somente
mero objeto. Ela inquietou os presentes com a frase: “Sabemos que a vida é um
dom de Deus, mas não vivemos como se soubéssemos disso”.
Disse que quando as mulheres marginalizadas
engravidam, os voluntários da associação não dizem que “tudo vai dar certo”, já
que as dificuldades são tantas, mas imitam Maria, que simplesmente estava
presente, contemplava tudo em silêncio, e tinha a certeza da ressurreição.
Fé e luz
Marcela Lamonica Rego falou sobre a promoção
humana das pessoas portadoras de deficiência intelectual, no escopo do trabalho
do Movimento Fé e Luz. Criado em 1971, através de uma peregrinação ao Santuário
de Lourdes, na França, durante a Páscoa, hoje o movimento presente em muitos
países tem o objetivo de criar laços entre familiares e amigos de pessoas com
deficiência intelectual.
Samaritanos
Como bons samaritanos, os voluntários da
Comunidade Católica Maranathá oferecem apoio espiritual e técnico a pessoas de
18 a 59 anos que sofrem com a dependência química. A comunidade, explicou
Alexandre Machado Duque, apoia-se no tripé oração, trabalho e intervenção
técnica, às vezes com a ajuda de medicamentos.
“O dependente químico é o Cristo desfigurado na pessoa do nosso próximo, que tem uma história”, frisou.
“O dependente químico é o Cristo desfigurado na pessoa do nosso próximo, que tem uma história”, frisou.
Moradores de rua
Helena Gomes das Chagas, da Pastoral da
População em Situação de Rua, do Vicariato Sul, revelou que existem pessoas que
estão nas ruas há décadas e nunca viveram em uma casa. Ela convidou os
participantes para gestos concretos e de reivindicação junto às autoridades
políticas, com apresentação de projetos de promoção humana com a população de
rua.
Pastoral da Saúde
O médico Antonio Carlos Babo Rodrigues, da
Pastoral da Saúde do Vicariato Leopoldina, falou sobre a promoção humana das
pessoas enfermas desamparadas. O trabalho mais frequente são visitas a pessoas
doentes em hospitais ou em suas casas.
Ele revelou que o melhor trabalho que se pode
fazer, como agentes da Pastoral da Saúde, é ouvir os doentes, nas suas
dificuldades e sofrimentos.
“Devemos procurar os doentes com o objetivo
de escutá-los. É a melhor evangelização. Quando eles querem ouvir a Palavra de
Deus e comungar, então providenciamos tudo”, explicou.
Dia do Nascituro
A Semana da Vida encerrou no dia 8 de
outubro, com missa celebrada pelo padre Omar Cardoso, na Igreja Nossa Senhora
do Parto, no Centro, onde se comemorou o Dia do Nascituro.
A missa contou com representantes dos vários
grupos que compõem a Comissão de Promoção e Defesa da Vida da arquidiocese,
agentes da Pastoral Familiar e mulheres assistidas pelo Centro Social Nossa
Senhora do Parto.
Fonte: arqrio.org
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