segunda-feira, 16 de setembro de 2013

"O cristão jamais é uma ilha"

            Milhares de fiéis e peregrinos lotaram a Praça de São Pedro, no dia 11 de setembro, para a audiência geral com o Papa Francisco.
            O Pontífice  retomou a catequese sobre a Igreja no Ano da Fé, dedicando-a a uma imagem que ajuda a entender melhor a sua natureza: a Igreja como Mãe. “Para mim, é a imagem mais bela”, disse o Papa.
            “O que faz uma mãe?”, perguntou Francisco. Em primeiro lugar, uma mãe gera a vida. Assim também faz a Igreja, que no Batismo nos gera como filhos de Deus, nos gera na fé. Todavia, “o cristão não é uma ilha!”. Não nos tornamos cristãos sozinhos e com as nossas forças, mas a fé é um dom de Deus que nos é dado na Igreja e através da Igreja. Portanto, não fazemos parte da Igreja como pertencemos a uma sociedade, a um partido ou a uma organização. O vínculo que nos une à Igreja é uma realidade vital.
            O Papa se dirigiu à multidão, perguntando quantos cristãos se lembram da data do Batismo, recordando que esta é a data em que a “Igreja nos pariu”. E deu “uma tarefa” aos fiéis presentes, que, ao voltarem para casa, procurem saber a data do próprio Batismo, para recordá-la no coração e festejá-la.
            Além de dar a vida, uma mãe também nutre os seus filhos, lhes dá educação, os corrige. E nós a amamos apesar de seus defeitos. A Igreja, como mãe, também tem seus defeitos. Entretanto, “uma boa mãe ajuda os filhos a saírem de si mesmos, a não permanecerem comodamente sob as asas maternas, como uma ninhada de pintinhos sob as asas da galinha”. A Igreja, como boa mãe, faz a mesma coisa: acompanha o nosso crescimento, transmitindo a Palavra de Deus e administrando os sacramentos. Nos nutre com a Eucaristia, nos oferece o perdão de Deus, nos ampara no momento da doença.
            Por último, é importante lembrar que, ainda que a Igreja forme os cristãos, ela também é formada por eles. “Ela não é diferente de nós mesmos, mas é vista como a totalidade dos fiéis: eu, você, nós somos parte da Igreja. Às vezes, ouço: acredito em Deus, mas não na Igreja. A Igreja não são os padres. Isso é uma contradição, pois dizer ‘não acredito na Igreja’, significa dizer ‘não acredito em mim mesmo’, porque todos somos Igreja e todos somos iguais aos olhos de Deus.”
            Portanto, concluiu o Papa, “todos somos chamados a colaborar para o nascimento à fé de novos cristãos, a anunciar o Evangelho, para que a luz de Cristo alcance os extremos confins da Terra”.

Rádio Vaticano

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