O
documento preparatório para o Sínodo dos Bispos de 2014 traz problemáticas
inéditas sobre a questão da família no mundo atual. O texto acompanha 38
questões relacionadas ao tema que deverão ser respondidas por paróquias de todo
o mundo até o dia 20 de janeiro do próximo ano. O tema do encontro dos bispos é
“Desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização”. O evento
está marcado para acontecer entre 5 e 19 de outubro.
São
convocados bispos que as conferências episcopais elegem. Além disso, o Papa
Francisco designará especialistas no assunto família. Entre as participações
haverá sociólogos, antropólogos, médicos de institutos especialistas no assunto
família em todo o mundo. Serão entre 100 e 120 participantes, de acordo com Dom
Antonio Augusto, bispo auxiliar e responsável pela pastoral familiar da
arquidiocese do Rio de Janeiro. “O papa quer cada vez mais que os leigos
participem”, ressaltou Dom Antonio.
Documento preparatório “Desafios
Pastorais da Família no contexto da Evangelização” (clique aqui)
A
elaboração do documento preparatório é uma prática comum antes de todos os
Sínodos de Bispos, de acordo com Dom Antonio. No caso do Brasil, as
contribuições paroquiais sob a coordenação das pastorais familiares serão
entregues à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) Será elaborado um
documento que será entregue à Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos, em Roma.
Dom
Antonio explicou que o questionário faz uma análise e uma avaliação acerca dos
temas que as famílias mais demandam e quais são as medidas tomadas pelas
pastorais. “A família é o primeiro e principal núcleo da evangelização. A fé
nós recebemos da Igreja, mas é através dos nossos pais, do ambiente familiar
que a Igreja vai completando com a catequese e demais meios para nos tornarmos
maduros na fé”, explicou.
O objetivo
também é que a família cumpra sua missão dentro da Igreja e da sociedade. Entre
os itens pautados estão a legislação de cada país sobre a família, a família e
a evangelização. Há ainda discussões acerca de casais de segunda união, união
homoafetivas e adoção de crianças por casais homoafetivos.
“A Igreja
acolhe a todas essas pessoas. Por serem batizadas e não terem renegado
formalmente a fé cristã, pertencem à Igreja e têm o direito e dever de ouvirem
da Igreja e viverem o que elas podem e devem viver para buscar responder a um
chamado à santidade que nasceu no batismo e não no matrimônio”, destacou Dom
Antonio.
Encontro Extraordinário
O Sínodo
de 2014 tem caráter extraordinário e deverá ser construído um documento prévio
de estudos para o ano seguinte. Serão analisadas as contribuições de diversas
dioceses, paróquias, institutos e movimentos relacionados à família. Em geral,
o encontro dos bispos acontece a cada três anos. Em 2015, durante o Sínodo
Ordinário, serão traçadas as linhas pastorais que deverão traçar para o
trabalho da família e da nova evangelização do mundo.
O Sínodo é
uma decorrência do Concílio Vaticano. Periodicamente eles se reúnem para
estudar determinados temas relacionados à evangelização.
Já foram
nomeados os secretários para trabalharem na organização do Sínodo do próximo
ano. Os responsáveis serão o antigo núncio no Brasil, Dom Lorenzo Baldisseri, o
Cardeal Péter Erdo, Arcebispo de Esztergom-Budapeste (Hungria), e Dom Bruno
Forte, Arcebispo de Chieti-Vasto (Itália).
Segundo
Dom Antonio, em 1981 houve um sínodo sobre a família, que gerou o documento que
ilumina o trabalho da Pastoral Familiar no mundo inteiro: a Exortação
Apostólica Familiaris Consortio.
Fonte: arqrio.org
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