“A
Revolução do Amor” foi o tema do 22º Congresso Arquidiocesano da Pastoral
Familiar, que aconteceu no dia 19 de outubro, no Edifício João Paulo II, na
Glória. No simpósio, os palestrantes refletiram sobre as palavras do Papa
Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude Rio2013. Sobre a importância
de ir ao encontro das pessoas, de não ficar acomodado, mas encontrar meios
criativos para viver em família, evangelizar e transformar o mundo.
Em
sua palestra, o bispo auxiliar e animador da Pastoral Familiar, Dom Antonio
Augusto Dias Duarte, incentivou os presentes a serem revolucionários, isto é, a
não se acomodarem com os contravalores impostos pela sociedade.
“Em
vários momentos o Papa falou que os cristãos precisam ser revolucionários, ou
seja, nadar contra a corrente, para que aconteça a revolução da ternura.
Promover a cultura do encontro é ser revolucionário, porque, muitas vezes, a
casa é o último lugar onde as pessoas se encontram. É necessário agir com
criatividade e coragem para que haja um ambiente mais sadio em família”,
observou o bispo.
No
final, Dom Antonio fez algumas perguntas para ajudar na reflexão, entre elas:
Até que ponto estou insatisfeito com tanto consumismo, hedonismo, materialismo,
permissivismo que afetam a minha família? Onde, na minha família, se está
perdendo o sentido da vida familiar?
“O
sentido da vida familiar é viver com as pessoas em comunhão, com
corresponsabilidade, ensinando os valores sociais e o amor. O sentido da
família é ensinar as pessoas a amar, porque, se não aprendermos em casa, onde
aprenderemos?”, interrogou o bispo.
Dom
Antonio destacou que é preciso aproveitar bastante os efeitos benéficos gerados
pela JMJ. “Quando a jornada passa por um país, por uma cidade, transforma o
ambiente. Não podemos deixar que esse evento seja apenas mais uma lembrança, é
preciso gerar uma revolução, dar uma mexida profunda em toda a vida”, encorajou
ele.
Uma família revolucionária
Ainda
pela manhã, o padre Antônio José Afonso da Costa, autor do livro Basta uma
Palavra, refletiu sobre a homilia da missa de envio da Jornada, presidida pelo
Papa Francisco, em 28 de julho. Ele abordou a necessidade de ir ao encontro das
pessoas levar o amor de Deus, de evangelizar especialmente os que ainda não
conhecem Jesus.
“A
ordem ‘Ide e evangelizai’ deve ser em primeiro lugar para a família da gente.
Ide até os filhos de vocês e ensinem a eles a serem homens e mulheres de Deus,
não somente pessoas que ouviram ou sabem falar de Deus. Isso faz parte da
missão familiar”, disse o sacerdote.
Padre
Antônio falou sobre a importância da evangelização. “Uma família revolucionária
ajuda na revolução de outras famílias. É preciso evangelizar as pessoas que, se
não encontrarem através da gente, talvez não encontrem de maneira alguma. Um
homem cristão faz um bem muito grande quando tem a consciência do ‘ide’.
Abençoada é a paróquia onde há um bom número de homens que abraçam esse
compromisso, porque isso tem um impacto de evangelização tremendo. É preciso
perguntar? ‘Qual foi a última vez que você falou de Jesus para alguém que está
fora da Igreja?’”, incentivou.
Ele
afirmou que evangelização deve ser um estilo de vida, precisa ser realizada em
todos os lugares. “É necessário aproveitar as oportunidades. É uma pena quando
os cristãos são pessoas invisíveis e ninguém nota a presença deles em lugar
algum, a não ser dentro da Igreja. Nós somos a luz do mundo em nossa casa, no
trabalho, na comunidade”, disse.
O
padre ressaltou que é preciso priorizar tempo para orar e evangelizar.
“Evangelizar é simples, não precisa complicar. É só dividir com os outros o que
Deus tem colocado em seu coração. Nossa tarefa é anunciar, o Espírito Santo
fará acontecer, e muitos serão salvos”, afirmou o sacerdote.
Patrimônio da humanidade
À
tarde, antes da celebração da missa de encerramento, três setores da Pastoral
Familiar refletiram sobre as palavras da homilia do Papa Francisco na missa de
Aparecida. O setor de casos especiais, que lida com casais de segundo vínculo,
famílias com dependentes químicos e pessoas que passaram ou estão no sistema
prisional, apresentou uma palestra sobre o tema: “Conservar a esperança”.
A
reflexão sobre “Deixar-se surpreender por Deus” foi conduzida pelo setor
Pré-matrimonial, que falou sobre “Namoro cristão”, enfocando as atitudes de um
casal jovem. O Pós-matrimonial apresentou o tema “Viver na alegria” e destacou
a vivência dos casais recém-casados.
O
Congresso Arquidiocesano de Pastoral Familiar acontece tradicionalmente no
terceiro sábado de outubro. Em 2014, o encontro deve ocorrer no dia 18. O
evento também celebrou o Dia Nacional da Valorização da Família, este ano,
comemorado em 21 de outubro, com destaque para as palavras do Papa Bento XVI: “A
família, patrimônio da humanidade”. A data, criada pela Lei nº 12.647, de maio
de 2012, tem o objetivo de chamar a atenção dos governos e da sociedade para a
importância da família como instituição fundamental ao desenvolvimento humano.
Fonte: Jornal Testemunho de Fé
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